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por falcao, em 27.11.06
IMPOSSÍVEL DIZER MELHOR
O Pulo do Gato está cada vez melhor. Reparem:
Transformar a ERC em detective da decência é tornar o Governo no ecrã gigante da verdade. Por detrás destas leis inocentes há sempre um Darth Vader. Há muito que o Governo deixou de ser um guerreiro Jedi. Mas, ultimamente, começa a entender-se que há uma força negra por detrás das suas atitudes. Começa a ser necessário à sociedade portuguesa saber quais são as medidas do Governo com 48 horas de antecedência.

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publicado às 16:23

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por falcao, em 27.11.06
LEI – O novo pacote legislativo sobre a televisão vai fazer correr muita tinta. A linha de força principal é um aumento da interferência do Estado nas televisões privadas, sob o manto diáfano da regulação. A linha de força acessória é o reforço do proteccionismo à RTP, estimulada para competir com as privadas. E o facto mais preocupante é a inexistência de uma estratégia de futuro para o digital, para a liberalização inevitável que nasce da multiplicação dos tipos de ecrãs que receberão no futuro conteúdos audiovisuais. O pacote é ideologicamente retrógrado, politicamente autoritário e estatista, e tecnicamente castrador. Uma jóia com a assinatura do Ministro Santos Silva. Enquanto o Governo vende o conceito do simplex, no audiovisual está a institucionalizar o complicómetro. E, pior, a comprometer o futuro.

CCB – A Festa da Música é um fenómeno daqueles que geram consensos tão alargados que fazem desconfiar. Mas não era mau que alguém pensasse nesta coisa simples: o conceito nasceu como um Festival para animar uma cidade (Nantes) e não como uma ferramenta de programação de um equipamento cultural. O grande equívoco de quem a trouxe para o CCB foi não perceber como a existência da Festa e o seu desenvolvimento iriam acabar por comprometer a programação. O grande problema não é a Festa da Música deixar de existir no CCB no formato que temos conhecido, o grande e verdadeiro problema é a cidade de Lisboa ser incapaz de estruturar um projecto cultural do género, preferindo delapidar fortunas em festividades dispersas e pontuais.

LER – O excelente artigo de Rui Ramos, que faz a capa da edição deste mês da revista «Atlântico», sob o título «Francisco Sá Carneiro e o 25 de Novembro». As análises de Rui Ramos à nossa História recente são cada vez mais incontornáveis – desde as mais focadas na actualidade, que semanalmente publica no «Diário de Notícias», até às mais estruturadas como este artigo, de que cito umas linhas: «Francisco Sá Carneiro não foi exactamente bem vindo nos arraiais da resistência ao PCP e a Otelo Saraiva de Carvalho. Mais do que um reforço, pareceu uma distracção para o arranjo estabelecido entre o “bom” MFA de Melo Antunes, e a “boa” esquerda, de Mário Soares». Promete, não é?

OUVIR – Confesso que gosto de compilações e este mês uma das rádios por onde passo com regularidade – A Marginal, 98.1 FM – lançou um duplo CD com um eclético mas sedutor alinhamento. Gosto de ouvir o disco no carro, gosto de o pôr a tocar pela manhã, gosto dele, pronto – são 36 temas de intérpretes com o Dee Dee Bridgewater, Ella Fitzgerald, Chet Baker, Marvin Gaye, Nina Simone mas também Carla Bruni, Nicola Conte, Lisa Ekdahl, Pink Martini ou Madeleine Peyroux. Edição Universal.

DESCOBRIR – O mundo de Amadeo Souza Cardoso, na Gulbenkian, até 14 de Janeiro, uma viagem ao universo do modernismo pela mão do pintor português que melhor soube internacionalizar-se.

EVITAR – A estrelinha de Natal no cocuruto da cabeça da estátua de Camões. O ridículo devia ter limites.

EM QUEDA – O serviço – ou melhor, a falta dele - no bar «Pavilhão Chinês», em Lisboa.

PERGUNTA – Alguém sabe o nome de um partido de oposição em Portugal?

BACK TO BASICS – «Acho a televisão muito educativa. Quando alguém a liga, levanto-me e vou para outra sala ler um livro» - Groucho Marx.

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publicado às 16:21

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por falcao, em 23.11.06
A NOVA TV
A maneira de olhar para as imagens está a mudar, e a WIRED explica como de repente pode nascer uma nova forma de narrativa, de produção, de televisão.

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publicado às 17:34

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por falcao, em 22.11.06
O GATO
Eis o regresso do gato que pula, desta vez na blogosfera. Enquanto não se dá o regresso ao papel de jornal, exercita-se a mente aqui. A não perder.
Excerto da postagem fundadora:
A porta está fechada. Lá dentro Portugal finge que se move.


Um gato espreita, enquanto olha, também, para o mundo.


O sol continuará a iluminar o país ou vivemos em eclipse mais ou menos permanente?

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publicado às 17:50

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por falcao, em 21.11.06
CORRIDA
Observadores bem localizados afirmam ter já começado a corrida aos lugares da Administração da RTP, uma vez que o corrente CA deverá sair após Março do próximo ano, provavelmente com a nova Lei da Televisão em vigôr.

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publicado às 16:12

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por falcao, em 21.11.06
FINALMENTE
A Festa da Música no CCB tinha-se tornado num monstro autofágico que impedia o desenvolvimento coerente de qualquer tentativa de programação. Mega Ferreira fez o que devia quando decidiu largar a megalomania herdada e avançar para novas soluções. Mas ele é das poucas pessoas em Portugal que tem estatuto para poder fazer isto - como se verá, quase certamente, com benefícios a médio prazo para os públicos da música. Fosse qualquer outro a tomar esta medida e não havia de faltar gente a gritar «selvagem!». E então se fosse nalguém do PSD ou PP a sugerir esta medida, o tratamento mais meiguinho seria de asno encartado. A verdade é esta: a Festa da Música era um formato importado, com custos elevadíssimos, feito a pensar numa realidade que não a portuguesa e que cá vinha apenas buscar uma participação nos custos globais da operação. Teve graça fazer a coisa uma ou duas vezes, depois era preciso inventar um conceito que preservasse o público mas que permitisse maior autonomia e, sobretudo, enquadramento na programação global do CCB. Uma coisa fundamental é que no original francês, a Festa da Música é um evento isolado e não parte da programação de um equipamento multidisciplinar como o CCB. E num equipamento deste género só por excepção se pode conceber alguma coisa deste género. Faz muito mais sentido encontrar uma fórmula alternativa e o piano é um meio ideal para isso. Já pensaram nos cruzamentos que podem acontecer? O piano tem momentos únicos...

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publicado às 12:03

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por falcao, em 21.11.06
LÁ VAMOS CONTROLANDO E RINDO
Se alguém tinha dúvidas sobre a bondade do Ministro Santos Silva, o circo de apresentação da nova Lei da Televisão que ele preparou é bom pretexto para uma apreciação: mais controlo no serviço público, acabar com as aleivosias de independência da 2:, mais controlo sobre os canais privados, inclusivamente sobre os critérios e oportunidades de programação. Esta lei é um recuo de uma dezena de anos, mostra o lado de pequeno ditadorzinho da pessoa em causa, mostra como o actual executivo canta com brio e galhardia o desejo de tudo controlar à sua volta.

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publicado às 12:00

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por falcao, em 20.11.06
OPORTUNIDADE – O concurso para as redes de Televisão Digital Terrestre é uma oportunidade única para remediar o muito que vai mal na atribuição de licenças de televisão em Portugal, a forma como o sector é (des)regulado, a maneira como se protegem interesses instalados e se prejudica o surgimento de novas alternativas e investidores na paisagem audiovisual portuguesa. O que tenho lido dos desreguladores e seus especialistas sobre esta matéria é preocupante – e este é um daqueles casos em que não vale a pena inventar a roda. A Europa está cheia, neste domínio, de muitos e variados exemplos do que se deve e do que não se deve fazer. É só estudar e pensar – eu sei, é pedir muito ao Estado que faça isso.

LER – Deixem de lado os preconceitos e leiam «Percepções e Realidade», de Pedro Santana Lopes. É um relato surpreendentemente pouco egocêntrico de como é a vida dentro do poder e no meio de uma crise política. É um lado da História que vale a pena conhecer, ainda por cima recheado de detalhes. Quem conhece minimamente Santana Lopes sabe que ele tem uma memória de elefante e essa é uma das grandes curiosidades deste livro.

OUVIR – A partir de um conjunto de gravações (tecnicamente deficientes) efectuadas nos anos 70 em Inglaterra e na Alemanha, em que Ray Charles era acompanhado pela orquestra de Count Basie, o produtor John Burk conseguiu, ao longo de quatro laboriosos meses de trabalho de estúdio, chegar ao resultado final que agora é apresentado em disco. O som foi todo reequilibrado, algumas partes foram regravadas com músicos que participaram na orquestra de Basie, os arranjos originais do próprio Ray Charles foram respeitados e sobretudo foram preservadas as suas excepcionais interpretações vocais de temas clássicos como «Let The Good Times Roll», «I Can’t Stop Loving You», «Come Live With Me» ou «How Long Hás This Been Going On?». O resultado final é um CD espantoso, «Ray Sings, Basie Swings», agora editado pela Concord, distribuição Universal.

VER – A nova exposição de Inez Teixeira, na Galeria VPFCream Arte (rua da Boavista 84,2º, Lisboa). A exposição segue a linha da produção recente da pintora, mas revela uma nova forma de trabalhar a luz e a cor, em complemento ao minucioso trabalho, cada vez mais orgânico e físico, que marca a sua actividade dos últimos anos.

DESCOBRIR – Ponha na agenda do próximo Domingo: pelas 16h00, no CCB, uma mostra de cinco incontornáveis documentários produzidos por cineastas catalães e que retratam episódios da História daquela região de Espanha: «As crianças perdidas do franquismo», «Vermelho e Negro», «As Valas do Silêncio», «O Amigo Americano» e o fortíssimo «Doze Horas de Vida, A execução de Puig Antich». A mostra destes documentários produzidos pela TV3-Televisão da Catalunha, está inserida nas Jornadas «Catalunha em Lisboa», uma iniciativa do Secretário da Comunicação do Governo da Catalunha, Ramon Font.

O MELHOR DA SEMANA –O estudo da União Europeia sobre o peso da Cultura na Economia. Aqui a Cultura é entendida em sentido lato e abrange desde a arquitectura ao entretenimento, passando pela publicidade – chamemos-lhe indústrias criativas, que é um termo em voga. Só trogloditas encartados é que olham para o estímulo da criatividade como um problema. Afinal a cultura tem peso na economia – em Portugal vale 1,4 do PIB, é o terceiro contribuinte, logo a seguir aos produtos alimentares e bebidas e aos têxteis.

O PIOR DA SEMANA – A história muito mal contada do rompimento da coligação PSD-PP na Câmara Municipal de Lisboa. Retenho uma frase do comunicado de Maria José Nogueira Pinto: a proposta de Carmona Rodrigues contra a qual votou «não correspondia ao agendado nem ao previamente acordado». Quando se olha para a referida proposta percebe-se que ela é resultante de um arranjinho palaciano – com alguém que não a vereadora do PP.

BACK TO BASICS – «Quando se diz de um governo que ele é eficiente, podem começar a procurar por sinais de ditadura» - Harry Truman

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publicado às 11:33

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por falcao, em 17.11.06
O DUELO
Primeira questão: quem venceu a noite de quinta-feira em termos televisivos foi a novela «Doce Fugitiva», da TVI, que arrebatou 37,5% de share e 1,6 milhões de espectadores. Mas no duelo entre entrevistas a políticos, a RTP saíu vencedora - o que quer dizer que entre os espectadores que não se renderam à ficção e preferiram olhar para o país real, a maioria preferiu Santana Lopes a Cavaco Silva. Assim, a RTP fez uma média de 27% de share e 1,35 milhões de espectadores graças ao relato do ex-Primeiro Ministro, enquanto que a SIC só conseguiu 22,5% de share e 950 mil espectadores com o actual Presidente da República. Alguém em Belém deve estar a arrancar cabelos por ter colocado a primeira grande entrevista de Cavaco em rivalidade com Santana.

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publicado às 12:41

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por falcao, em 14.11.06
COINCIDÊNCIAS
Segunda feira Pedro Santana Lopes apresentou o seu livro «Percepções e Realidade», no qual dá a sua visão sobre os acontecimentos que levaram à dissolução do seu Governo. No mesmo dia fonte anónima, mas seguramente oficial e bem informada, passou em simultâneo a dois jornais a «dica» das investigações a sociedades integrantes do consórcio para o fornecimento do novo sistema de comunicações das forças de segurança, desencadeado pelo facto de o anterior governo ter feito a sua adjudicação nos últimos dias em que esteve em funções.
Não acredito em coincidências. Acredito em contra-informação. Preocupo-me quando há entidades não escrutinadas que usam conhecimentos confidenciais para manobras políticas.

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publicado às 12:32

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