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A INTOLERÁVEL EMEL

por falcao, em 18.11.08

(Publicado no Meia Hora de 18 de Novembro)


 

Na semana passada aconteceu-me ter uma reunião perto da sede da EMEL, a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa. Eu confesso que não gosto da EMEL, dos poderes policiais que lhe foram dados (e que alguns juristas consideram de duvidosa legalidade), não gosto da atitude dos seus funcionários mas, sobretudo, não gosto do abuso que é a EMEL obrigar a pagar novo estacionamento cada vez que se sai da zona onde se pagou, mesmo que ainda reste tempo.

À porta da sede da EMEL há muitos dos seus fiscais a fumar, mas é difícil encontrar uma caixa de pagamento perto do local onde existem mais estacionamentos disponíveis. Um cidadão tem que dar uma bela caminhada até à esquina onde há uma máquina – apetece logo nem pagar. A colocação de máquinas em locais distantes é uma das provas da atitude que rege a empresa, de desprezo por quem a financia.

Vamos por partes: quem anda de automóvel em Lisboa é CLIENTE da EMEL, não é um malfeitor encartado atrás do qual devem ser lançados cães de fila. A EMEL tem que aprender aquela coisa básica que é tratar as pessoas como clientes, que são. Eu até sou dos cumpridores, lá vou pondo as moedinhas – mas não me coíbo de dizer que acho um roubo a forma como o sistema está organizado – e cada vez que digo isso a um Fiscal ele fica com cara de quem me quer dar voz de prisão. Há uns que olham para mim a ver se me fixam a cara e vão apontar a matrícula do carro. Revelador, não é?

Quem anda de carro em Lisboa por razões profissionais tem várias vezes que parar numa série de locais relativamente próximos, mas pertencentes a várias zonas de cobrança da EMEL . Já mais que uma vez me aconteceu chegar ao meu carro, com um selo ainda dentro do limite de tempo, mas oriundo de outra zona – e ter que aturar um fiscal a perseguir-me verbalmente sem sequer lhe passar pela cabeça que está a falar com um cliente e não com um assaltante. As criaturas da EMEL são formadas para perseguir, punir e abusar da autoridade – não são formadas para servir os clientes – não admira, a EMEL é filha da Câmara Municipal de Lisboa que tem uma persistente atitude de afastar moradores e castigar quem tem a mania de querer viver na cidade.

Nas próximas autárquicas só voto num candidato que proteja os moradores de Lisboa, que os beneficie em vez de penalizar. E que diga que vai pôr a EMEL na ordem.

 

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publicado às 18:51


7 comentários

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De Anónimo a 18.11.2008 às 22:31

Caro senhor a sua opinião sobre a emel é a meu ver (pois fui eu que assim senti) desmesurada e ofensiva. Primeiro, assisti ao surgimento dos parquimetros e acho que foram uma benção para restituir os passeios aos utentes, e a racionalidade à cidade. Queixo-me da falta de máquinas que troquem dinheiro, às vezes também me custa deslocar-me para por a moeda, mas tudo tem os seus escolhos. Além do mais, nao seria viável logistica e economicamente) haver máquinas por todo o lado. Informo-o que já foi criado um sistema em que adquire um cartão e pode usá-lo em todo o lado sem recurso às máquinas. Por último, acho que não deve confundir as coisas e falar de perseguição, punição e abuso de autoridade, as duas primeiras próprias de uma policia que já se foi e a última um crime, extrapolando tais nomenclaturas para caracterizar a CML. Acerca dos agentes da EMEL provavelmente tentam ser respeitados, e que haja pagamento do estacionamento, fazendo um papel que deve ser bem difícil. Ninguém gosta de pagar, mas penso que há sistemas bem mais castigadores. É bom opinar, mas um pouco mais de atenção e contenção podem ser mais construtivos. ABC
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De Maria Neves a 19.11.2008 às 10:59

100% de acordo. Acontece muitas vezes as máquinas estão avariadas, e fico sem saber o que fazer. Enviei um email à EMEL a perguntar sobre isto. Nem uma resposta a acusar a recepção do email. Gente bem educada.... Cumprimentos
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De Maria Neves a 19.11.2008 às 11:05

O Sr. Anónimo é azedo. Deve ser TUGA pois até nem se identifica, e certamente tem interesses na EMEL . Vivemos numa democracia com direito a expressar-nos. Aliás o mal deste país é haver muita gentinha anónima...
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De MF a 19.11.2008 às 11:32

Em causa estão as prerrogativas de poderes policiais na minha opinião abusivamente atribuídas aos fiscais da Emel. E está também em causa não tratarem os lisboetas como clientes mas como prevaricadores - da CML à EMEL esse é que é o cerne da questão. Se se sente bem a ser maltratado sugiro que se filie num clube de masoquistas.
MF
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De ana a 19.11.2008 às 11:51

Senhor Manuel Falcão, continua a prosseguir no mesmo estilo, provocando e ofendendo.
Parece-lhe que esse será o caminho?
Creio que se deve reclamar do que está errado.
A pessoa que reclamou acerca da falta de resposta da EMEL, tem toda a razão.
Naturalmente que não existem sistemas perfeitos, mas podemos ajudar a melhorar.
Só se melhora através de jornalismo verbalmente violento?
Cumprimentos.
ABC
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De ana a 19.11.2008 às 12:02

Curiosamente o seu comentário é destituido e só
respondo porque tenhio sempre esperança que a mentalidade portuguesa (tuga se quiser, a sua) vai alterando para melhor.
Se entende que se vive numa liberdade com direito a livre expressão não entendo porque teve de reagir atirando pedras à minha opinião.
Depois, acho curioso que se pense sempre que se alguém defende, ou pelo menos expressa outra perspectiva das coisas, já tem INTERESSSE.
A sua opinião demonstrou que se encontra arreigada(o) [sim, porque esta coisa de colocar lá um nome faz de si uma pessoa identificada?!] a princípios e valores ultrapassados, do tipo antigo regime: quem não é por mim...
Bem boa sorte para a mudança que lhe aconselho, veja as coisas noutro prisma, e contribua para melhorar, centrando-se nas coisas verdadeiramente importantes e sem más ondas.
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De Luis a 22.11.2008 às 16:10

Acho piada a anonimos a defender a EMEL, uma empresa criada co compadrios e afins, que persegue, multa (ninguem as devia pagar) e abusa, o que fizeram de bem pela cidade:Nada!Extinga-se a EMEL e ficarámos mais descansados.

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