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VAZIO - Segundo a opinião da generalidade dos analistas, os debates entre Seguro e Costa foram vazios de conteúdo político e a coisa piorou para o final, quando a conversa entre ambos endureceu e, da troca de ideias, se passou para a troca de galhardetes pessoais e, depois, para quase insultos. Rezam ainda os analistas que o primeiro debate, na TVI, terá sido ganho por Seguro, que nesse dia teve pela frente um pachorrento Costa que replicou a imagem diletante que apresenta na sua descansada “Quadratura do Círculo”. Acontece no entanto que esse debate, na TVI, foi o que teve maior número de espectadores em relação aos outros dois. Os números são estes: o debate final, realizado terça 23 de Setembro na RTP1, registou um share médio de audiência de 20,5%; o debate  que tinha sido realizado na SIC no dia 10 de Setembro obteve um share de 25,1% e o debate de estreia, na TVI, a 9 de Setembro, registou 32,8% de share. Para além da evidência que é o facto de a TVI ser a líder de audiências, neste particular faço notar que o share do primeiro debate esteve acima do share médio da estação naquele horário - o que legitimamente deixa pensar que havia alguma expectativa. A expectativa saíu furada e nos debates seguintes a coisa foi sempre a cair. A narrativa da novela da política nunca foi suficiente para bater a intriga das telenovelas de ficção que concorreram nesse horário. O caso dá duplamente que pensar - pela indiferença relativa das audiências e pela fraca qualidade dos debates - para não falar já da ausência de conteúdo programático e político. Vamos então ter primárias, nas quais os eleitores socialistas votarão gostos pessoais e a capacidade de insultar o adversário - porque ideias políticas não existem. Numas eleições para escolher o candidato do principal partido da oposição a Primeiro Ministro a ausência de estratégias para o país é, pelo menos, estranha.

 

SEMANADA  - “Há três anos que o País tem uma greve a cada cinco dias”; “Notas de dez euros ainda não circulavam e já havia burlas”; “Quanto valem as cagarras das Selvagens?”; “Ministério público valida acusações contra Meneses”; “Passos pede à PGR que investigue factos de que não se recorda”; “Ministra diz que já não há juízes a olhar para o ar”; “Salário mínimo sobe um café por dia”; “Menezes paga 72 mil euros por livro”; “Último debate marcado por insultos e populismo”; “No debate mais duro de todos quase não se falou de governação”; ”Comerciantes da baixa dizem que um dia ainda serão engolidos pelo rio”; “Forte chuva deixou meia Lisboa submersa e a Câmara queixa-se de falta de aviso”;  “Bloco de Esquerda leva piropo ao Parlamento com punição até três anos”; “Bloco de Esquerda repensa liderança bicéfala”; “Bloco de Esquerda volta a levar ao Parlamento adopção por casais do mesmo sexo”; “Deputados ganham mais do que médicos, juízes e professores”; “Há 2100 polícias que têm direito a dispensa sindical, é evidente que há esquadras que não têm capacidade de assegurar serviços mínimos”; “Calotes nas Ex-Scut entopem finanças”; “Madeira extinguiu departamentos investigados por ocultação de dívidas”; “Lisboa não aguenta uma chuvada”; “Prostituta agride cliente que só pagou cinco euros”; “É difícil conseguir autorização para grafitar”; “Castro Marim tem menos habitantes do que camas turísticas aprovadas”; “Fernando Santos não estará no banco, mas já montou engenharia”. (Todas estas frases são extraídas de títulos de jornais dos últimos dias)

 

ARCO DA VELHA - A polícia do Vaticano prendeu o arcebispo Józef Wesolowski,acusado de pedofilia enquanto representante papal na República Dominicana.É a primeira vez que uma medida deste género é tomada contra alguém com um alto cargo na Santa Sé.

 

FOLHEAR - A edição de Outubro da “Monocle” é dedicada à diplomacia e aos seus enredos e o artigo de entrada é obviamente sobre as Nações Unidas, o seu Conselho de Segurança e as suas ligações por todo o planeta. Na secção internacional há um artigo curioso sobre o rebranding das Ilhas Canárias, particularmente em foco nestes dias, as quais adoptaram agora o slogan “European Business Hub To Africa”. Um dos destaques da edição é o indíce das 25 melhores cadeias de lojas internacionais. A Suécia sai ganhadora e ocupa as cinco primeiras posições, com o 1º lugar para a Ikea, o 2º para a H&M e o 4ª para a COS (que recentemente abiu na Avenida da Liberdade). Um dos outros artigos interessantes tem a ver com a forma de gerir uma galeria de arte, no caso uma conversa com o londrino Stephen Friedman. Este mês a “Monocle” dedica-se também a fazer um ponto de situação das tendências do jornalismo contemporâneo. Passando para outra realidade, o Turismo de Espanha investiu em quatro páginas, duas sobre os “paradores” e duas sobre Madrid, no género daquilo a que chama publi-reportagens. Na secção de recomendações estão duas belas páginas cheias de elogios à nossa Vista Alegre. Sabe bem lê-las.

 

VER - Os azulejos são peças que sempre me encantaram. Permitem geometrias, são um suporte de desenho, de cores, de formas. Em Lisboa existe uma galeria, a Ratton, que desde 1987 se especializou na criação de séries limitadas de azulejos desenhados por artistas contemporâneos. Para além destas séries assegurou a produção de painéis de azulejo presentes em diversas instituições, em prédios de habitação, em estações de caminhos de ferro e de metropolitano ou em escolas e mercados, entre outras localizações. Até 3 de Outubro está a decorrer na Galeria Ratton uma exposição apropriadamente chamada “Puzzle” em que os visitantes são desafiados a escolher e combinar entre si azulejos de 14x14 cms, de diversos autores, que ali estão expostos. Ali estão peças de Júlio Pomar, Paula Rego, Menez, Lourdes Castro, Graça Morais, Bartolomeu dos Santos, Jorge Martins, Andreas Stöcklein, Josephine King, Luisa Correia Pereira, Irene Buarque, René Bertholo, Costa Pinheiro e João Vieira, entre outros autores. Vale a pena conhecer estas pequenas peças, imaginando-as sózinhas ou agrupadas. A Galeria Ratton está aberta ao público de segunda a sexta das 15 às 19h30, na Rua da Academia das Ciências 2 C (à Rua do Século).



OUVIR -  Não é muito comum encontrar uma banda portuguesa tão original e com um disco tão inesperado como os Brass Wires Orchestra (BWO). A origem da música que praticam está na folk, mas felizmente têm uma abordagem criativa do assunto - embora não escapem a comparações com os Beirut, muito por acção do vocalista. O timbre da voz, a maneira como interpreta as canções e o espaço que os arranjos dão às palavras são relativamente pouco usuais em Portugal. A Brass Wires Orchestra remonta a 2011 e tem feito carreira ao vivo tocando nas ruas, em estações de metro, mas também em salas como o Olga Cadaval, há poucos dias. Mas também já passaram pelo Festival de Paredes de Coura, foram escolhidos para o Hard Rock Calling em Londres, e passaram pelo Vodafone Mexefest. O álbum de estreia agora editado, “Cornerstone” desperta a curiosidade e, entre as dez canções do CD, os temas “Tears Of Liberty” e “Wash My Soul” são uma amostra das potencialidades da banda. Os BWO integram Miguel da Bernarda, Hugo Medeiros, Afonso Lagarto, Rui Gil, Luís Grade Ferreira, Zé Valério, Nuno Faria e Zé Guilherme Vasconcelos são e o disco foi  gravado nos Black Sheep Studios ( a sala de ensaios da banda em Mem Martins), por Makoto Yagyu e Fábio Jevelim (ambos dos PAUS), e masterizado nos Abbey Road Studios (Londres), por Frank Arkwright (que trabalhou com Arcade Fire).

 

PROVAR - Hoje vou falar de petiscos lusitanos e de locais onde gosto de os provar, em Lisboa. Começo por um petisco bem português de entrada - peixinhos da horta. Para mim os melhores de Lisboa sāo os do Guarda Mor ( Rua do Guarda Mor 8, tel 213 978 663) - fritos na perfeiçāo, sem gordura a mais, o feijāo verde al dente e a polme estaladiça; no mesmo sítio também merecem destaque os filetes de peixe galo, um assunto que mais à frente retomarei. Passemos ao seguinte - os pastéis de bacalhau do Apuradinho sāo do melhor e vêm servidos com um bom arroz de pimentos ou de tomate; ainda no Apuradinho sou fā dos pivetes (rabo de boi) com puré de batata, e do cozido à portuguesa (Rua de Campolide 209, tel. 213 880 501). Em matéria de cozinha portuguesa também é preciso falar da Bica do Sapato, onde a escolha recai muitas vezes nos belíssimos pastéis de massa tenra ou, em alternativa, no bacalhau fresco escalfado em azeite virgem ou no polvo grelhado com batata a murro e grelos salteados. Regressemos ao peixe e aos filetes - n’ O Polícia (Rua Marquês Sá da Bandeira 112, tel 217 963 505) há também uns excelentes filetes de peixe galo e uma pescada de anzol, cozida, com todos, que é de chorar por mais. Se quiser filetes de garoupa procure A Paz (Largo da Paz 22, à Ajuda, 213 641 503), onde também pode ter a sorte de encontrar a cabeça do animal bem cozida. E termino, na lista dos meus restaurantes do coração, com A Primavera, no Bairro Alto, onde já tantas vezes jantei, entre bons amigos e com belas conversas, que acompanharam excelentes escalopes panados ou primorosas lulas recheadas (Travessa da Espera 34, tel. 213 420 477).

 

DIXIT -  "Já se desconfiava, veio a confirmação: os Antónios detestam-se. Os Antónios magoam-se. Os Antónios não divergem nas ideias, divergem no caráter e no ego. Perdeu a política, perdeu sobretudo o PS" - José Manuel Fernandes n’o “Observador”, sobre o último debate Seguro-Costa

 

GOSTO - Portugal será representado com uma exposição sobre 14 autores e apresentação de obras no festival de banda desenhada e ilustração de Treviso, Itália.

NÃO GOSTO - Nos próximos 12 meses mais de meio milhão de portugueses prevê emigrar e ir trabalhar para fora do país, indicam os dados de um novo estudo da Marktest.

BACK TO BASICS - "Antes não se imaginava aquilo que agora é provado" - William Blake

 

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publicado às 14:00

LIBERAIS? - Ás vezes tenho a sensação que o dia a dia se está a tornar numa sucessão de absurdos. Explico: nos últimos meses comprei uma dúzia de livros e discos, em versão digital, nas várias lojas virtuais autorizadas para o efeito; assino alguns jornais e revistas também nas edições digitais. E portanto, apesar de pagar por todos estes conteúdos e assegurar que os respectivos autores são remunerados e que não os estou a piratear, o Estado quer agora impôr-me uma nova taxa, que se aplica sobre os aparelhos que utilizo para os guardar, ouvir ou ler, argumentando que assim protege os autores e editores a quem já estou a pagar. Ainda não estava bem refeito desta situação quando leio que o mesmo Estado se propõe impôr, entre outras coisas a que chama “Compromisso Para O Crescimento Verde”, uma taxa de entrada de automóveis nas grandes cidades, apesar de o acesso, por exemplo a Lisboa, ser já quase impossível sem pagar uma portagem numa das pontes ou auto-estradas que conduzem à capital. Desta feita a razão da taxa prende-se com um contributo para o que algum sucedâneo de trazer por casa de Al Gore apelidou de “economia verde”. Alguns membros do Governo, cujos principais responsáveis, antes de serem eleitos, se afirmaram como liberais e defensores da redução do papel do Estado, fazem no dia a dia exactamente o contrário. Nestes dois casos, dos direitos de autor e da ecologia, fazem a coisa com um cinismo especial: usam finalidades que são politicamente correctas para estender o polvo da extorsão, sob a forma de taxas pagas sempre pelo consumidor. De repente vem-me à memória, ainda sobre o “Compromisso Para o Crescimento Verde”,  que ao longo dos anos o ambiente tem sido pretexto e motivo de grandes negociatas. Não há-de ser por acaso que o ofício dos protagonistas da série “Os Sopranos” tinha a ver com a reciclagem e a sucata. Por cá já se viu onde leva a convivência de sucateiros com políticos e um dia ainda se há-de fazer a história das transferências de direcções partidárias para empresas com interesses na exploração da tal economia verde. Chamo a isto paradoxos liberais.

 

SEMANADA - O sistema informático dos Tribunais, Citius, continua com graves problemas de funcionamento e só está a aceitar novos processos, enquanto os antigos continuam bloqueados; há 3,5 milhões de processos, anteriores a 15 de Setembro, que se encontram inacessíveis; a Ministra da Justiça pediu desculpa pela situação na quarta-feira passada, semana e meia depois de o problema surgir; 60% dos médicos dizem ter doentes que interrompem tratamentos por falta de dinheiro; a prescrição de antibióticos em Portugal é o dobro da que é feita em países moderados e está entre as dez maiores da Europa; em Portugal existe meio milhão de pessoas que precisa de ajuda alimentar das organizações de solidariedade que prestam esse apoio; mais de 80% das crianças que foram atropeladas em Lisboa entre 2010 e 2012 estavam a 500 metros ou menos da escola que frequentavam; as dívidas fiscais atingem cerca de 14 mil milhões de euros e 81% deste valor é da responsabilidade de empresas; o fisco já avançou com 2,3 milhões de ordens de penhora este ano; em 2004 existiam 694 livrarias e o volume de negócios destas era de 140,1 milhões de euros - mas em 2012, já só se registavam 562 livrarias com um volume de negócio de 126,2 milhões de euros; Marinho e Pinto, fugaz deputado europeu, ex-putativo líder do MPT e anunciado líder de um futuro partido que terá como princípio da sua actuação “voltar às bases da República e do republicanismo”, afirmou que um ordenado líquido de 4800 euros não lhe chega para viver condignamente em Lisboa.

 

ARCO DA VELHA - Vítor Bento, José Honório e Moreira Rato não avisaram os  outros administradores do Novo Banco que se tinham demitido e estes só souberam pelos jornais o que estava a acontecer ao seu lado.

 

FOLHEAR - Agora que se inicia um novo ciclo de exposições nas diversas galerias é boa altura para percorrer a colectânea de entrevistas a artistas portugueses que Miguel Matos, jornalista e crítico de arte, fez ao longo dos últimos anos. A colectânea, “Artistas Portugueses em Discurso Directo” recolhe três dezenas de entrevistas  e dezena e meia de críticas e ensaios sobre obras ou exposições de outros tantos artistas. Miguel Matos, que fundou e dirige a revista “Umbigo” e edita a secção de arte da “Time Out”, é dos poucos praticantes da crítica escrita sobre artes visuais, como Eduardo Nery salientou numa nota sobre esta edição. De Adriana Molder a Teresa Gonçalves Lobo, passando por Ana Vidigal, Paula Rego, Cabrita Reis, Maria Beatriz ou José Pedro Croft, entre outros, o livro  permite fazer um retrato sobre um apreciável número de artistas portugueses contemporâneos, dando a conhecer um pouco do seu pensamento para além da obra. A edição é da “Guerra e Paz”.

 

VER - “Os Gatos Não Têm Vertigens”, o filme de António Pedro Vasconcelos que estreia quinta-feira da próxima semana semana, é das melhores obras do cinema português das últimas décadas e é talvez o melhor filme do realizador. É um filme de vida - nesse sentido quase que arrisco dizer que é a sua obra-prima. Inovador no argumento, na abordagem, no retrato que proporciona da nossa sociedade, o filme mostra a capacidade técnica do realizador, mas sobretudo a sua sensibilidade e a forme envolvente como chama os espectadores à história, cativando-os como é suposto o cinema fazer. Este é um filme sobre o abandono, sobre o luto, sobre a velhice, sobre a deliquência, mas também sobre a ternura, o amor, a esperança e, no fim, sobre a razão da vida. Não resisto a destacar o extraordinário trabalho realizado com actores como Maria do Céu Guerra e João Jesus, o cuidado posto no guião, na fotografia, na edição, e na banda sonora. E é também merecido destacar a produção, de Tino Navarro, que criou condições para que todas estas peças se juntassem da melhor maneira. É um filme emocionante - como só os grandes filmes conseguem ser.

 

OUVIR - “All Rise” é um belo título para o novo disco de Jason Moran, uma homenagem a esse génio muitas vezes ignorado que foi Fats Waller. Logo desde o princípio do CD apetece levantarmo-nos e há como que um formigueiro que nos obriga a acompanhar o ritmo com os pés. Este é um disco de dança e é tudo menos uma homenagem acinzentada. Não admira: a produção tem a mão de Don Was, coadjuvado por Meshell Ndegeocello, uma vocalista que passou pelo rap e que tem influências do funk, soul, hip hop e jazz. Moran, um pianista de jazz de créditos reconhecidos, toca aqui com frequência outros teclados, como um Wurlitzer e um Fender Rhodes, que eram instrumentos preferidos de Waller. Destaco as versões de “Ain’t Misbehavin’”, “Ain’t Nobody’s Business”, “Lulu’s Back In Town”, “Handful Of Keys” e o medley “Sheik Of Araby/I Found A New baby”. Fats Waller merecia uma homenangem assim, surpreendente e diferente de tudo o que o autor fez. (CD Blue Note/ Universal).

 

PROVAR - As memórias dos sabores são uma coisa incontornável. Cada vez que como gelados lembro-me do sabor único das cassatas que o meu pai comprava numa fábrica de gelados que existia na Avenida de Berna, criada nos anos 40 por uma família italiana que tinha vindo viver para Lisboa. Era esta fábrica que abastecia A Veneziana, nos Restauradores e outras geladarias ligadas à família. A fábrica da Avenida de Berna existiu até ao início dos anos 90, e tinha junto ao balcão onde se fazia a venda ao público um pátio com pequenos bancos onde, à sombra, se podia ficar a debicar os gelados de cone, feitos com a fruta e os ovos que se viam junto à entrada, em caixotes. Um dos descendentes da família, Arcangelo Sala, abriu agora perto do Jardim do Arco do Cego, na Rua Dona Filipa de Vilhena 14, a “La Fabbrica  - Antiga Fábrica de Gelados da Avenida de Berna”. Ali estão, entre outros, os clássicos sabores do morango e do limão, mas também a amêndoa e, claro a cassata. E foi a prová-la que me deparei com um solavanco de memória que me deixou sorridente.

 

DIXIT - “Esta questão informática, ao contrário do que alguns quiseram fazer crer, não instalou o caos nos Tribunais “ - Paula Teixeira da Cruz, Ministra da Justiça

 

GOSTO - O azeite Oliveira da Serra, Frutado Verde Ligeiro 2014 do Lagar do Marmelo, foi considerado o melhor azeite do mundo na sua categoria no prémio Mário Solinas, o mais importante concurso internacional, organizado pelo Conselho Oleícola Internacional.

NÃO GOSTO - Portugal apresentou o quinto maior défice comercial da União Europeia entre Janeiro e Junho deste ano, com um aumento de 25% em relação a igual período do ano passado.

 

BACK TO BASICS - “As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem” - Chico Buarque

 

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publicado às 14:00

UM ECRÃ E UM BITOQUE - Aqui há uns anos entrava num restaurante, café ou snack-bar para almoçar e via, em meia dúzia de mesas, pessoas a ler jornais e, com sorte, alguém a ler um livro enquanto esperava pelo bitoque. Hoje em dia o único papel que existe na mesa das casas de pasto é o das toalhas e dos guardanapos. Está toda a gente de smartphone na mão, aposto que a maioria nas redes sociais, e uns poucos a ler informação em sites ou aplicações. Já não me espanto quando vejo um casal de mão dada, cada um do seu lado da mesa, ambos a olharem para o seu ecrã particular, encaixado na palma da mão deixada livre pela ternura, e accionado pelo polegar. A bela conversa diminuíu e foi substituída pela observação do mundo virtual. Esta semana a Marktest divulgou um estudo que revela que já existem quatro milhões de portugueses que utilizam smartphones, praticamente metade do total de telemóveis existentes. As previsões apontam para que até final do ano existam mais dois milhões em funcionamento. Nos cafés e restaurantes passou a existir uma placa que diz “wifi gratuita” e, aqueles que a têm, conseguem ter mais clientes que aqueles que passam ao lado do admirável mundo novo. Para ter sucesso uma casa de pasto contemporânea tem que ter internet disponível, já não basta ter uma boa bifana ou uma merendinha bem aviada. O sumo de laranja natural, durante anos campeão dos anúncios de balcão, foi relegado para segundo plano pelas tecnologias wireless. A conversa foi substituída pela observação. Já não lemos, espreitamos. Somos todos voyeurs de pequenos ecrãs - essa é que é a verdade dos dias que correm.

 

SEMANADA - O edifício do posto da GNR de Pernes foi penhorado pelas Finanças por dívidas ao Fisco da empresa imobiliária proprietária do prédio, que o cedeu à autarquia, que por sua vez o cedeu à Guarda; quase 17% da população até aos 29 anos não tem qualquer actividade, nem escolar, nem laboral; Portugal é dos países da União Europeia que tem mais adultos sem o 12º ano; Portugal é o terceiro país com mais recém licenciados desempregados, a seguir à Grécia e Espanha; a directora-geral do FMI afirmou ter sido a “Espanha o único país a progredir na zona euro”; nos primeiros quatro meses do ano registaram-se 294 suicídios em Portugal; dos 611 mil desempregados apenas 323 mil recebem subsídio de desemprego; em Julho o crédito malparado das famílias e empresas atingiu o valor mais alto de sempre, quase 18 mil milhões de euros; nos últimos 38 anos PS e PSD tiveram 88,5% dos mandatos autárquicos das câmaras que hoje têm maiores dívidas; o médico da selecção de futebol demitiu-se;após o Portugal-Albânia Paulo Bento saíu-se com esta tirada:  “Se no final da primeira jornada colocamos já tudo em causa, não me parece que seja o melhor caminho”; o Presidente da República levantou dúvidas sobre a informação que recebeu do Governo no caso BES, depois de ter garantido que os portugueses podiam confiar no banco, afirmação proferida nove dias antes da apresentação de prejuízos recorde; um autarca de uma junta de freguesia de Guimarães, Gonça, aproveitou a audiência der uma missa para fazer uma sessão de angariação de simpatizantes do PS; os debates entre Costa e Seguro fizerem boas audiências de televisão, ao nível de um jogo de futebol de segundo plano; há um espectro que assola as primárias do PS e chama-se Sócrates - o seu nome raramente é citado mas está em todo o lado, mesmo onde menos se espera.

 

ARCO DA VELHA - Marinho Pinto foi um dos 12 eleitos para o Parlamento Europeu que falhou a entrega, no prazo legal, da declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional. Entretanto anunciou a sua saída do MPT, partido pelo qual foi eleito e disse querer criar nova organização política.

 

 

 

 

OUVIR - A canadiana Molly Johnson começou a sua carreira musical como vocalista de bandas rock e pop e marginalmente manteve sempre alguma actividade como cantora de jazz. Esta sua vertente jazzística apenas ganhou maior dimensão já ela estava na sua quarta década de vida, no início do actual século. Alguns dos seus discos receberam bom acolhimento, as suas digressões e concertos obtiveram assinalável êxito, sobretudo no Canadá em em França. Ao longo da sua carreira a solo, que entrou agora no seu sexto disco, Molly Johnson tem sido comparada a Billie Holiday. E o sexto disco é exactamente a sua homenagem a Billie - gravado quase live on tape, em apenas quatro dias, com a sua banda de seis músicos. São 14 canções, clásicos do repertório de Billie Holiday, algumas escritas por ela própria, como “Don’t Explain”, “Fine And Mellow” ou “Now or Never”. Mas aqui também estão “Body and Soul”, “God Bless The Child”, “How Deep Is The Ocean” ou “They Can’t Take That Away From Me”. A melhor parte do disco é que embora Johnson  considere Billie uma fonte de inspiração, estas interpretações fogem à tentação da simples imitação e chegam a ser surpreendentes na forma como dão nova vida a alguns destes clássicos - parte deve-se aos músicos e aos arranjos, parte deve-se, claro, à própria Molly Johnson. (CD Universal, disponível em Portugal).

 

VER - A partir da próxima semana começa em Braga uma nova edição dos Encontros da Imagem, que vão de 18 de Setembro a 31 de Outubro. Os Encontros vão na sua 24ª edição e do programa deste ano, feito sob o lema “Hope & Faith”, destaco uma mostra de trabalhos do espanhol Joan Fontcuberta, uma colectiva no Mosteiro de Tibães que inclui Luisa Ferreira, Alexandre Almeida, Inês d’Orey e Valter Vinagre, entre outros, o Photobook Market, e uma exposição de autores emergentes. Ao todo são quase duas dezenas de iniciativas, de exposições a workshops, em diversos espaços da cidade, desde montras de lojas do centro da cidade a edifícios que são referências patrimoniais. Os Encontros têm também actividade em Guimarães e no Porto e há ainda, de novo este ano, uma extensão lisboeta, a partir de 27 de Setembro, que engloba exposições de Marcelo Buainaim, Helena Gonçalves, Marcelo Costa e Mário Macilau, entre outros. O programa pode ser consultado emwww.encontrosdaimagem.com

 

FOLHEAR  - Agora que o Cinema Ideal está de novo a funcionar, graças ao entendimento entre a Casa da Imprensa e a distribuidora Midas, desse militante do cinema que é Pedro Borges, é boa ocasião para percorrer um pouco da história da histórica e pioneira sala. Há coisa de dois meses a editora “Guerra & Paz” publicou um belíssimo livro de Maria do Carmo Piçarra, “O Cinema Ideal E A Casa da Imprensa - 110 Anos de Filmes”. As 130 páginas do livro contam as origens do Ideal, quem em 1904 se afirmava o primeiro salão de cinema do país. No tempo do cinema mudo, quando se utilizavam vozes atrás do ecrã para sonorizar a acção, António Silva (então ainda bombeiro) foi uma dessas vozes utilizadas pelo Ideal e era considerado na imprensa da época “um ás do falado”. A partir de 1931 a sala começou a projectar filmes sonoros, e o primeiro foi “Sob Os Telhados de Paris”, de René Clair. O livro percorre estas e outras histórias, desde os ciclos de cinema e festivais organizados pela Casa da Imprensa nos anos 60, até à decadência da sala, já nos anos 80 e 90, transformada em exibidora de pornografia e filmes de acção. O livro inclui ainda duas dezenas de fotografias e reproduções de ilustrações, que mostram diversos momentos da vida do Ideal. É um pequeno grande livro sobre histórias da História de Lisboa e do papel que o cinema tem tido na cidade. Uma belíssima leitura, à venda nas livrarias e no próprio cinema Ideal por 14 euros.

 

PROVAR - No mesmo sítio onde até há um ano existiu o restaurante “Galo D’Ouro”, na Avenida Marquês de Tomar 83, em Lisboa, está agora o Xangai, um restaurante chinês que pratica uma cozinha bem diferente da que é habitual  nos estabelecimentos do género em Lisboa. Não é por acaso que a cozinha da cidade de  Xangai é considerada como das mais elaboradas da China, recorrendo a ingredientes e a uma confecção que é pouco divulgada em Portugal. Este restaurante propõe resolver essa falta de conhecimento e apresenta uma escolha alargada de sugestões, com sabores - e por vezes ingredientes - inesperados. As minhas duas visitas correram bem e confesso que ainda estou a descobrir coisas novas na lista. Uma das dificuldades é que o pessoal do restaurante fala português com dificuldade e apesar de a lista estar traduzida o diálogo nem sempre é fácil. A maioria dos clientes são chineses, os preços são convidativos. A garrafeira tem alguns vinhos portugueses inesperados, e bem escolhidos. Numa próxima ocasião hei-de arranjar forma de sentar vários convivas à mesa, para ir experimentando vários pratos ao mesmo tempo, desde as saladas confeccionadas com algas até ao tofu picante ou os raviolis com carne de porco - que já provei e são fantásticos. Mas a lista é grande e tenho ainda muito para descobrir. Por coincidência, ou talvez não, o restaurante está bem perto da associação de conterrâneos de Xangai, que fica ali ao lado, na Miguel Bombarda 46.

 

DIXIT - “Eu tenho-te ouvido com evangélica paciência” - António Costa para António José Seguro num dos debates televisivos.

 

GOSTO - A Junta de Freguesia de Belém está disposta a garantir a manutenção dos brasões do Jardim do Império, salvando-os das diabruras de Sá Fernandes.

 

NÃO GOSTO - Portugal foi o país da União Europeia que mais desinvestiu na educação.

 

BACK TO BASICS - “Entre dois pecados escolho sempre aquele que ainda não experimentei” - Mae West

 

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publicado às 14:06

VERÃO MORNO COM TEMAS ESCALDANTES

por falcao, em 05.09.14

TEMPERATURA - Este Verão foi pouco dado a temperaturas altas e noites envolventes, mas em compensação foi abundante em temas escaldantes. Nem o argumentista mais imaginativo conseguiria desenvolver um plot em que tanta mudança acontecesse em meia dúzia de semanas - o banco do regime esborou-se, um dos grupos familiares mais poderosos com enorme peso financeiro desfez-se num repente. Quanto mais penso nisto mais fico com a impressão que a história está muito longe de estar toda bem contada. Todas as semanas se vai descobrindo mais umas coisinhas, desde falhas dos auditores até pequenas e grandes conspirações, desde atitudes do Banco de Portugal a declarações de responsáveis políticos ao mais alto nível. Vai-se a ver e todos, do Presidente da República aos Ministros mais envolvidos, desde o Banco de Portugal à CMVM, juraram em falso e induziram em erro muita gente. A responsabilidade não é só de quem urdiu e mal geriu - é também de quem tolerou o que se passou e, mesmo sabendo, continuou a dizer que tudo estava no melhor dos mundos. Com a derrocada das últimas semanas não foi só um Banco e uma família que sofreram - foi todo o sistema de controlo que fica posto em causa, foi a confiança em declarações de políticos e técnicos que levou forte machadada. O Banco Espírito Santo caíu (o que até pode dar jeito a alguns) - mas a sua queda ainda vai arrastar mais gente do que aquilo que hoje se vislumbra.

 

SEMANADA -  Entre 1 de Janeiro e 31 de Agosto morreram 295 pessoas em acidentes de viação, menos 32 que em igual período do ano passado; entre Janeiro de 2013 e Julho deste ano registaram-se 256 acidentes com tractores e outras máquinas agrícolas, que provocaram 115 mortos e 83 feridos graves; entre 1 de Maio e 31 de Agosto perderam a vida nas praias quatro pessoas, contra 11 no mesmo período do ano passado; a praia urbana do Torel, em Lisboa, recebeu 80 mil visitantes em Agosto; um terço dos fogos e meio milhão de hectares, representando  41,5% da área ardida em incêndios florestais nos últimos 13 anos, devem-se à acção premeditada de incendiários; a TAP registou, em cinco dias,  cinco casos de incidentes com aviões da companhia mas a empresa nega aumento de problemas com voos; metade do aumento da receita de impostos deve-se ao combate à fuga e fraude fiscal; diversas estimativas apontam para uma receita diária do Estado Islâmico de entre dois a três milhões de dolares por dia, dinheiro proveviente da extorsão, de petróleo e de impostos; no segundo dia do mapa judiciário os problemas informáticos obrigaram advogados a recorrer ao tradicional correio em papel para evitar o risco de falhar prazos; CP, Metro de Lisboa e Metro do Porto registaram aumento de tráfego no primeiro semestre, com mais 3,2 milhões de passageiros transportados; os trabalhos na Praça do Areeiro, que duram há seis anos, que dificultam a circulação de peões e automóveis na zona, e que causam prejuízo aos comerciantes locais, estão suspensos desde o ano passado e sem data anunciada de conclusão devido a um litígio entre o Metro de Lisboa e a construtora; António Costa ainda não se declarou surpreendido por esta situação.



ARCO DA VELHA - A idade média dos quatro novos apoiantes de António Costa divulgados esta semana - Almeida Santos, Manuel Alegre, Vera Jardim e Jorge Sampaio - é de 78,7 anos.

 

FOLHEAR - Os leitores destas páginas sabem quanto aprecio, desde o início, a revista “Monocle”. Esta semana, o seu fundador, Tyler Brulé, vendeu uma participação minoritária por um valor estimado de dez milhões de dólares, permanecendo ainda com 80 por cento do capital da empresa que publica a revista. Segundo o “Financial Times” a “Monocle” significou um investimento de dez milhões de dólares quando foi lançada em 2007 e estará agora avaliada em cerca de 110 milhões de dólares. No primeiro semestre deste ano a circulação da revista cresceu 4% e é agora de perto de 80 mil exemplares, vendidos em todo o mundo, a um preço de capa de 12 dólares e a mais recente edição da revista conseguiu vender espaço publicitário no valor de meio milhão de dólares. O comprador da posição minoritária foi o grupo japonês Nikkei, que edita o jornal com maior circulação do mundo, o Nihon Keizai Shimbun, para além de deter 40 revistas, canais de TV, e estações de rádio. A edição de Setembro da “Monocle”, já disponível em Portugal, é dedicada aos negócios dos novos empreendedores e inclui o guia de empreendedorismo para 2014, que analisa vários casos de sucesso, entre os quais o do chef português José Avillez - cujo percurso empresarial conta com algum detalhe. Esta é uma daquelas edições para guardar e ir consultando, vendo os exemplos de companhias recentes que tiveram sucesso, um manual de como a criatividade e um sólido plano acrescentam valor aos negócios.

 

VER - Até 18 de Outubro ainda podem visitar no Museu do Caramulo a exposição “Lendas da Competição” , dedicadas a automóveis de corrida que fizeram história - e que desde meados de Junho já recebeu mais de 5 000 visitantes. Esta exposição conta com quase duas dezenas de automóveis de competição, abrangendo oito décadas de história, desde os anos 30. Entre eles contam-se lendas como o Bugatti 35B de 1930, o automóvel com mais vitórias de sempre na história da competição, até ao Lancia Delta HF Integrale 16V de 1991, com o qual Didier Auriol venceu o Campeonato do Mundo. A exposição inclui também veteranos das 24 Horas de

Le Mans, assim como automóveis fabricados em Portugal e que participaram na era dourada das

corridas nacionais nos anos 50, além dos monolugares dos anos 60 e 70 e automóveis de Rali

desde os anos 60 até à actualidade. Uma das grandes novidades da exposição, a partir desta semana,  é o Mercedes MGP W02, o Fórmula 1 original com o qual Michael Schumacher e Nico Rosberg correram na temporada de 2011.

 

OUVIR - A carreira de Al Jarreau vem desde meados dos anos 70 mas foi nos anos 80 que verdadeiramente ele se tornou popular com álbuns como “Breakin’ Away” e, nos anos 90, com “Heaven And Earth”. É assíduo vencedor dos Grammy Awards nas categorias Rhythm & Blues e Jazz Vocal. Tem um estilo peculiar, procura usar a voz como um instrumento, com frequente recurso a onomatopeias e às vezes fica um bocadinho repetitivo. Ganhou notoriedade antes do ressurgimento dos cantores de jazz do final dos anos 90, e hoje em dia já não tem muito para demonstrar. Um dos seus ídolos é George Duke, a quem deve aliás o início da sua carreira musical. Duke, que morreu em 2013, foi um dos mais multifacetados músicos norte-americanos e trabalhou com nomes como Frank Zappa, Miles Davis, Cannonball Adderley, Jean Luc Ponty, Milton Nascimento, Airto Moreira ou Flora Purim, entre outros. Além de instrumentista e produtor tornou-se conhecido como compositor e este disco de Al Jarreau é uma homenagem a essa sua faceta, com versões de nove temas célebres de Duke. Além de Al Jarreau, colaboram nomes como o baixista Marcus Miller, o saxofonista Boney James,  e as vozes de  Dr. John, Diane Reeves ou Lalah Hathaway, entre outros. CD Concorde, disponível em Portugal.

 

PROVAR - O antigo Eurotel de Tavira sofreu obras profundas nos últimos meses e uma completa remodelação num projecto do arquitecto Pedro Campos Costa. Agora responde pelo nome de Ozadi e inclui o restaurante Orangea, localizado numa área construída de novo, que inclui uma ampla esplanada coberta, de madeira, confortável e acolhedora. Ao almoço, tarde e ao fim da noite funciona como bar e serve petiscos e refeições leves,  vocacionadas para quem está na piscina do hotel, tendo ainda uma simpática carta de “tapas & wine”. Ao jantar o caso muda de figura e apura-se o trabalho da cozinha, com clara inspiração mediterrânica. Numa recente visita provaram-se, com sucesso, umas belíssimas pataniscas de estupeta de atum e supremos de dourada grelhada, com puré de cenoura e abóbora e grelos salteados. A carta de vinhos é razoável e tem uma boa escolha de produtores do Algarve, que cada vez vale mais a pena conhecer - peça indicações ao chefe de sala que aconselha bem os vinhos ideais para as escolhas que tiver feito. Se quiser rematar a refeição com um digestivo experimente o licor Orangea, à base de laranja, produzido em exclusivo para o hotel. Quinta das Oliveiras, Tavira, Telefone 281 324 324.

 

DIXIT - “Alguém devia informar a criatura que apagar a história material que o país foi construindo desde 1143 implica escavacar Portugal inteiro e todos os símbolos que poluem a paisagem com vícios e ganância, segundo o alarve anacronismo do vereador” - João Pereira Coutinho sobre a decisão de José Sá Fernandes de destruir os brasões das ex colónias no Jardim do Império.

 

GOSTO - O investimento de empresas inovadoras atingiu nos primeiros seis meses do ano um total de 11 milhões de euros, um valor próximo do total do ano passado.

 

NÃO GOSTO - No processo de pagamentos de quotas do PS Lisboa verificou-se que há 17 militantes registados como vivendo na mesma casa, sem serem da mesma família.

 

BACK TO BASICS - “Aprender sem pensar é trabalho perdido; pensar sem aprender é perigoso” - Confúcio

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