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A MENTIRA COMO FORMA DE VIDA

por falcao, em 17.05.08

(Publicado no diário Meia Hora de 14 de Maio)

 


Desde há cerca de duas semanas a imprensa vem publicando informações sobre a existência de documentos, oriundos de uma Direcção da ASAE que está na dependência orgânica do seu Presidente, que indicam metas a at9ingir no domínio, exclusivamente, da actividade repressiva daquela organização.


Não voiu aqui perder tempo com o que é evidente: a mentalidade persecutória do Sr. Nunes, a forma como ele sempre quis aparecer, a imagem que promoveu de si próprio: uma pessoa sem escrúpulos, de pensam,ento reduzido, que preferia incentivar acções repressivas em vez das preventivas. O Sr. Nunes, no decurso do último ano, tornou-se o estereotipo da pessoa que mada e quer ser obedecido, que não quer que ordens sejam p3ensadas enm discutidas.


N a edição de sábado o semanário «Expresso» reproduzia um detaslhado documento da ASAE onde todas as metas eram quantificadas: em prisões, encerramentos, multas, todo o arsenal de medidas repressivas. Era uma folha de c+álculko da perseguição.


O Sr. Nunes desde há semanas que anda a desmentir a exist~encia destes dados – ao início dizia que eram fantasia, agora já rectificou a dizer que era um documento de trabalho (apesar de o ficheiro divulgado nãoi ter nenhuma indicação nesse sentido) e, mais cobarde ainda, insinua que o caso não seria da sua responsabilidade mas de um seu subordinado, quando se sabe que a responsabilidade da Direcção que elaborou o documento é dele próprio.


Apesar de esfarrapadas, as tentativas de manipulação dos facytos do Sr. Nunes ainda podia merecer alguma atenção, não fosse a evidência dos últimos meses, as acções que ele tanto propagandeou, em que tanto gosta de aparecer. É que este documento agora divulgado é tão só o complemento das acções que a ASAE tem desenvolvido: de armas na mão invade mercados, encerra fábricas de produtos artesanais e restaurantes, lança o medo, tem por único objectivo reprimir, perseguir castigar. O documento limita-se a colocar isto em papel. E como a acção que o Sr. Nunes tão bem propagandeou corresponde ponto por ponto ao documento, a única conclusão é que os desmentidos que o Sr. Nunes agora faz são uma evidente aldrabice.


O Sr. Nunes não é um cidadão qualquer – é um alto funcionário do Estado. E o Estado não pode ter em lugares de direcção pessoas que têm uma mentalidade repressiva, que usam a mentira quando são descobertos a errar, que persistem a querer esconder a verdade. O Sr. Nunes não tem vergonha – pede para si próprio a tolerância que nunca deu aos outros, que encerrou e perseguiu. O Sr. Nunes é a imagem do poder do Governo Sócrates no seu pior – é um sem vergonha autoritário, abusador e repetidamente enganador, que se recusa a admitir as suas responsabilidades. Ao Primeiro Ministro e ao Ministro Manuel Pinho apenas resta demitir o Sr. Nunes e colocar a ASAE num caminho honesto onde ela nuna esteve. 

 

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publicado às 19:34


1 comentário

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De DD a 26.05.2008 às 00:27

A ASAE resultou da fusão de três organismos diferentes que não tinham qualquer eficácia nem objectivos em termos da segurança alimentar e social dos portugueses.
O Estado actual pretende actuar com objectivos e o director da Asae disse na TSF que o documento era uma estatística do ano anterior em que se pretendia não baixar os braços perante a galopante criminalidade económica que grassa por toda a parte.
Para sermos um país europeu e civilizado temos de nos habituar à higiene, segurança social, controle de preços, etc.
A ASAE é um dos muitos organismos eficazes criados pelo governo actual em resultado da extinção e fusão de mais de 1.400 direcções-gerais, institutos que, por serem tantos, fingiam que trabalhavam mas não faziam nada. A coisa que o português mais detesta é a eficácia e o que mais lhe agrada é a bagunça.
Hoje, com muito menos pessoal directivo e até funcionários está a fazer-se mais.
Sócrates quer agora fundir os Estados-Maiores das Forças Armadas num só, o que vai aterrorizar os militares, pois são uma data de generais e almirantes a menos e os que ficam vão ter de trabalhar muito mais.
O Mendes Botas do PSD algarvio chamou a ASAE a Pide do Sócrates pois sabia que tinha apreendido 50 toneladas de carne estragada. É mesmo pidesco não deixar os restaurantes algarvios fornecer bifes estragados bem acondimentados com piri-prir, oregãos, etc.
Na verdade, a ASAE impede a grande solução para o Estado Liberal que é matar o mais rapidamente possível os velhotes e velhotas dos lares com comida estragada. Poupava-se uma data de dinheiro em reformas e subsídios para lares.
Viva o Banco Alimentar Liberal que estava a resolver os nossos problemas financeiros.

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