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PORTUGAL – É certo que governar em maioria absoluta é mais fácil, mas também é certo que governar em maioria simples é a situação mais normal por esse mundo fora. Sócrates, que dentro e fora do seu partido gosta de mandar com maioria absoluta, não gosta de compromissos e o seu apregoado talento de negociador só tem expressão prática fora de portas. Melhor seria que utilizasse dentro de fronteiras a paciência e o espírito conciliador que o levou a conseguir o acordo sobre o Tratado de Lisboa. O absolutismo de que Sócrates gosta é um sinal de menoridade política, é um sinal de desprezo pelas opiniões alheias. O exercício do Governo em maioria relativa pressupõe acordos transparentes, um parlamento vivo e actuante - é o que melhor podia acontecer não só ao país, mas também aos partidos, eles próprios habituados a funcionar em regime interno de absolutismo. O triste balanço dos anos de maioria absoluta de Sócrates resume-se a isto: temos mais corrupção, mais desemprego, maior défice, maior endividamento, menos confiança e menos esperança. 

 


 


MASTRO – O disparate da semana é o mastro de cem metros de altura que a Câmara Municipal de Paredes quer construir, com um custo estimado de um milhão de euros, para pôr a ondular uma bandeira nacional, numa iniciativa comemorativa do centenário desta muito pouco útil República. 

 


 


LISBOA I  – O espaço público degrada-se, as ruas continuam sujas, os estaleiros de obras particulares permanecem a empatar ruas mesmo depois de obras terminadas, os estaleiros do Metro na zona do Saldanha continuam a ser um pesadelo quase seis meses depois de abertas as novas estações, ainda não foi desta que a Duque de Ávila voltou a ter trânsito. 

 


 


LISBOA II – O que está em causa no jardim do Princípe Real não é uma operação fito-sanitária para tratar de plantas e árvores; o que está a ser feito e não foi discutido nem mostrado à população, é um novo arranjo de todo o antigo Jardim do Princípe Real – que vai ficar irreconhecível. 

 


 


LISBOA III – Um tribunal arbitral condenou a Câmara Municipal de Lisboa a pagar uma indemnização de 18,5 milhões de euros ao empreiteiro da obra do túnel do marquês, devido à interrupção dos trabalhos causada pela providência cautelar interposta por José Sá Fernandes, antes de ocupar o seu actual ligar na vereação camarária. 

 


 


RESUMO – As áreas delegadas em Sá Fernandes, espaço público, ambiente urbano e espaços verdes estão cada vez piores – a sua acção como vereador é criticada de forma quase unânime e arrisco dizer que é consensual a sua incapacidade para manter a cidade confortável e agradável. Pior, a sua acção de propaganda política, que contribuíu para o seu actual estatuto (a guerra desencadeada contra o projecto do Túnel do Marquês) saldou-se num enorme prejuízo directo para a autarquia, pago por todos os munícipes por via dos impostos – e isto apesar de hoje em dia todos, excepto o próprio, reconhecerem que o túnel melhorou o ambiente urbano na zona e contribuíu para a qualidade de vida de quem reside naquelas ruas. Face a uma situação destas, em que a incompetência se alia à irresponsabilidade, seria da mais elementar decência que José Sá Fernandes renunciasse ao cargo, que manifestamente não é capaz de desempenhar em condições, e sobretudo porque agora se confirma que ele foi o causador directo de prejuízos avultados. Mas, já que ele não tem a decência de reconhecer os seus erros, seria natural que António Costa, face à sua acção como vereador, e aos efeitos nefastos da sua actividade anterior nas finanças da Câmara, lhe retirasse a confiança política. Nada disto se passa – e é tempo para quem votou em António Costa pense no resultado prático dos seus votos. 

 


 


OUVIR – Fora de Espanha Luz Casal tornou-se conhecida pela sua interpretação do clássico sul-americano «Piensa En Mi», incluída  na banda sonora do filme «Tacones Lejanos», de filmes de Pedro. Este ano Luz Casal voltou a pegar na tradição da melhor música latino-americana, interpretendo 12 clássicos, de «Alma Mia» até«Que Quieres Tu de Mi», passando por « Mar Y Cielo», «Cenizas» ou «no, No y No», entre outras. Os arranjos, de uma elegância notável, são do brasileiro Eumir Deodato, que tem uma longa carreira musical feita nos Estados Unidos desde os anos 70. CD «La Pasión», EMI. 

 


 


LER I – Muito bem o livro  “Xutos & Pontapés - As melhores canções para crescer”, que reúne as letras de 16 temas do grupo, com óptimas ilustrações de Miguel Gabriel para temas como  "Contentores”, “N´América”, “Vida Malvada”, “Desemprego”, “Prisão em si”, “Remar, Remar”, “Chuva Dissolvente” e “Homem do leme”, entre outros.  

 


 


LER II - «As melhores fotografias de Lisboa Desaparecida», uma selecção de imagens raras, organizada por Marina Tavares dias, na sequência da sua série de álbuns sobre a história de Lisboa. A selecção de imagens é muito boa e sugiro um exercício: pegue no livro e leve o seu filho a um dos locais emblemáticos da cidade ali mostrados, ponha-se no mesmo ângulo da imagem e veja as diferenças com o que, no mesmo local, se pode ver hoje. 

 


 


PETISCAR - Nestes dias pré-natalícios é bom um restaurante de comida portuguesa, ambiente acolhedor, boa garrafeira, preços sensatos. Esta semana regressei a uma casa onde as coisas tem tendência a correr bem. Para aguçar o apetite direi que umas empadinhas de galinha e um queijo de serpa, acompanhado por finas fatias de pão alentejano, serviram para preparar o paladar. O vinho, que entretanto chegou, é o belíssimo Valado tinto 2007, que fez muito boa figura a acompanhar a escolha de perdiz com couve lombarda, que estava superior. A rematar, requeijão com doce de abóbora. Resta dizer que José Duarte, o homem ao leme deste «Salsa & Coentros», continua em boa forma. Para lá ir deve fazer uma reserva pelo telefone 21 8410990. O restaurante fica em Alvalade, na rua Coronel Marques Leitão, que começa frente ao quartel de Bombeiros da Avenida Rio de Janeiro. 

 


 


BACK TO BASICS - «Dado o character do jornalismo actual, a profissão de espião deixou de fazer sentido» - Oscar Wilde 

 

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publicado às 09:54



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