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(Publicado no Jornal Metro)
Durante dois dias, por iniciativa da Presidência Espanhola da União Europeia, representantes dos Estados Membros debateram em Barcelona os novos desafios que se colocam a todos os que estão ligados às actividades do sector da Cultura. Infelizmente em Portugal teve muito pouco eco este Forum Europeu das Indústrias Culturais, praticamente limitado á notícia da presença da Ministra da Cultura no encerramento da reunião. O tema principal do Forum cujo tema principal do Forum foi a legislação da propriedade intelectual no novo mundo digital, como base para que as industrias culturais e criativas se possam desenvolver em todo o seu potencial. Para situarmos as coisas, estamos a falar de um sector – as industrias criativas e culturais – que representa já 3,1% de todos os postos de trabalho dos 25 Estados da União Europeia, tendo uma contribuição para o PIB europeu que atinge 2,6%, mais que o sector químico ou têxtil, por exemplo. A Comissão Europeia está a preparar um Livro Verde sobre este sector, que será divulgado no final do corrente mês. Vamos ver o que, agora, cada Estado membro fará para garantir o fomento das indústrias culturais e a competitividade no mundo dos conteúdos digitais, com um conjunto de legislação que proteja os direitos de produtores e autores. O Forum pediu ainda a atenção de cada Estado para o desenvolvimento de programas educativos específicos que tenham em conta as especificidades desta área. Deste ponto de vista é sintomático o balanço de uma pós graduação em Gestão e Empreendedorismo Cultural, do ISCTE/INDEG, cuja primeira edição terminou recentemente. O problema é que no curso, que contou com a recomendação de organismos do Ministério da Cultura, questões tão cruciais e decisivas, como a gestão dos direitos, a exploração de royalties, ou as técnicas de fund raising estiveram praticamente ausentes. Da mesma forma a importância – sistematicamente descurada - do marketing, da estratégia publicitária e da utilização, neste contexto, das redes sociais foram também pontos quase ignorados. Uma nova política cultural também passa por questões como estas.
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