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(Publicado no diário Metro de dia 27 de Abril)
Até me faz impressão pensar nisto – o YouTube tem apenas cinco anos de existência – o aniversário foi a 23 de Abril - e neste espaço de tempo o site fundado por três jovens em 2005 mudou substancialmente o mundo na forma como procuramos imagens. O YouTube rapidamente se tornou numa ferramenta indispensável para revelar novos talentos na música, mas também actores, realizadores, humoristas e, claro, políticos. A campanha de Obama não teria sido a mesma sem o YouTube.
Do ensino à política, passando por programas de televisão, spots de publicidade, imagens da actualidade, o YouTube tem tudo – ainda recentemente foi o primeiro local onde apareceram imagens de catástrofes naturais e grandes acidentes, batendo as estações de televisão.
O crescimento tem sido espantoso – no final de 2005 o YouTube já recebia 25 milhões de filmes por dia, hoje anda perto dos mil milhões de uploads diários. Um ano e poucos meses depois de ter sido fundado, a Google comprou o site por 1,6 mil milhões de dólares – e o YouTube é hoje o terceiro site mais visto na internet, logo atrás do Google e do Facebook.
Na música podemos lá encontrar quase tudo. E na política também – desde que o YouTube se popularizou ele é utilizado para fazer declarações, deixar mensagens solenes ou apenas recolher imagens divertidas da actividade dos políticos. Uma pesquisa rápida dá a situação portuguesa: a palavra «Portugal» parece em 14 700 videos; Sócrates em 5040, Paulo Portas em 1020, Francisco Louçã em 601, Jerónimo de Sousa em 440, Pedro Passos Coelho em 154. Em compensação Herman José aparece 4310 vezes e os Xutos e Pontapés 3210. Mas na política não há quem bata Obama que aparece referenciado 101.000 vezes.
Há quem diga que o YouTube caminha para ser uma estação de televisão que cada um de nós pode programar, uma televisão á medida de cada um. Hoje em dia até filmes em alta definição já se podem lá encontrar.
O YouTube, que agora nos parece um coisa corriqueira, mudou de facto a forma como podemos comunicar uns com os outros em apenas cinco anos. E ou muito me engano ou vai estar ligado a novas formas de distribuição de imagem num futuro próximo.
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