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(Publicado no diário Metro de 21 de Setembro)
No dia 29 de Agosto de 2009, há cerca de um ano portanto, foram inauguradas as novas estações do metropolitano de São Sebastião e do Saldanha, depois de anos de obras e de corte de trânsito em quase toda a extensão da Avenida Duque de Ávila. A inauguração foi convenientemente feita para dar palco ao Dr. António Costa, associando-o à conclusão dos trabalhos, a mês e meio das eleições autárquicas.
Mas será que os trabalhos estão concluídos? A verdade, um ano depois das inaugurações e das eleições, é que a Duque de Ávila continua em boa parte da sua extensão com circulação condicionada, com estaleiros ainda montados, com o pavimento ainda por reparar. Uma das principais artérias comerciais das Avenidas Novas está votada ao abandono pela Câmara, tornando-se num dramático emblema do que tem sido a actividade do executivo camarário desde que foi eleito a 11 de Outubro do ano passado. É uma vergonha – um ano depois da inauguração das estações subterrâneas, continua à superfície o caos que durante anos ali se instalou.
O estado em que a Duque de Ávila está é a demonstração da incapacidade e do imobilismo do executivo de António Costa, é a prova do desrespeito pelos lisboetas, é a prova de como as actividades económicas da cidade não lhe interessam para nada – já para não falar do bem estar ou do conforto dos habitantes da cidade.
O estado de sujidade e de porcaria em que andam as ruas de Lisboa é de bradar aos céus – na semana passada bastou uma leva chuvinha para que os passeios se transformassem em perigosas pistas de patinagem – porque o efeito da chuva sobre a porcaria incrustada no chão é desagradavelmente escorregadio.
Desafio-vos a um passatempo – andem de olhos bem focados no chão que pisam nas ruas de Lisboa e verão se não se assustam com o que vêem, com as porcarias que estão por todo o lado, com a falta de limpeza, com a alteração da cor dos passeios por força da sujidade. Eu acho que Lisboa nunca esteve assim, nunca esteve tão mal, tão votada ao abandono.
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