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Manuel Alegre foi o único candidato já anunciado às próximas eleições presidenciais que não esteve nas comemorações oficiais do Centenário da República, na Praça do Município, em Lisboa. A versão oficial diz que ele esteve em Loures e no Barreiro, onde a República terá sido proclamada ainda antes de Lisboa. A evidência no entanto é que Manuel Alegre preferiu ir para locais onde não corresse o risco de ser confrontado com a pergunta: «que acha das medidas de austeridade anunciadas pelo Governo?». Se tivesse ido à Praça do Município, Manuel Alegre teria que falar aos jornais,às estações de rádio, ás estações de televisão. Seria impossível continuar com o silêncio, algo covarde, atrás do qual se tem escondido desde que Sócrates anunciou que ía mesmo ter que fazer cortes sérios. A atitude de Manuel Alegre, a forma como se esconde, diz muito sobre a sua frontalidade, sobre a sua tranaparência e, sobretudo mostra a enorme clivagem, que se há-de acentuar ainda mais, entre as medidas que o PS toma e o que o candidato propagandeia. Manuel Alegre tenta o equilíbrio entre os seus dois apoiantes – PS e Bloco de Esquerda – mas a única coisa que consegue é esconder-se.
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