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Aqui há cerca de um ano os eleitores de Lisboa foram a votos e António Costa foi o vencedor, por reduzida margem aliás. Fez uma campanha essencialmente pró-governamental: por exemplo defendia que a terceira ponte tivesse utilização automóvel, trazendo mais carros para a cidade; defendia que o aeroporto saísse da Portela; defendia o contrato do novo terminal de contentores de Alcântara. Nenhuma destas medidas era favorável para a cidade, todas pioravam a qualidade de vida dos seus habitantes.
No geral António Costa associou-se, na sua campanha, aos projectos de grandes obras públicas, e à transformação da cidade. O maior sinal desta transformação, nestes seus anos à frente da Câmara, está plantado no feio deserto em que o Terreiro do Paço foi transformado e no funcionamento da EMEL (abusivo e lesivo dos habitantes da cidade) e ineficaz nos resultados alcançados – quem não se lembra da promessa do fim do estacionamento em dupla fila, já lá vão quase três anos?
António Costa prometeu muito durante a sua campanha eleitoral, mas tem cumprido muito pouco do que tem prometido. Curiosamente, uma coisa que ele não prometeu, mas que foi rápido a fazer, foi ir ainda mais ao bolso dos lisboetas . Na semana passada os moradores de Lisboa começaram a receber nas facturas de gás a cobrança de uma taxa de ocupação de subsolo. Quer dizer, a Câmara resolveu cobrar a utilização do subsolo pela empresa que faz a distribuição do gás. Os consumidores já pagam o serviço que recebem – mas agora têm também de pagar à Câmara para poderem ter gás canalizado em casa.
Quem vive em Lisboa, quem aqui paga IRS, eventualmente IMI e IMT, quem paga as taxas de instalação e revisão do gás (com os abusos que se conhecem…), quem paga a própria factura do fornecimento, tem agora que pagar mais uma taxa. Aqui está o que é a governação de António Costa – ir-nos ao bolso logo que arranja pretexto. Assim se promove o repovoamento de Lisboa.
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