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O marketing do Continente é bom – tenho que reconhecer. As ideias das acções são concebidas para dar que falar e aproveitar todas as oportunidades e cumplicidades; a publicidade – sobretudo os spots de televisão – são muito apelativos e memorizáveis e existe um bom complemento de comunicação nas acções. Foi assim o ano passado na invasão da Avenida Da Liberdade e tudo indica que assim será este ano no piquenicão do Terreiro do Paço, por gentileza de José Sá Fernandes. No próximo dia 16 o Terreiro do Paço será invadido por uma acção publicitária do Continente – lá descarregarão hortaliças, chourições, porcos, vacas e um sem fim de virtualhas. Para completar o ramalhete a festa será abrilhantada pelo incontornável Tony Carreira. Tudo do melhor, portanto.
Numa recente reunião camarária, em que o evento foi desancado até por vereadores da coligação costista, e por vereadores de todas as outras listas, Sá Fernandes disse que gostaria de fazer isto, mesmo sem acções publicitárias e os jornais relataram que o vereador explicou que as finanças camarárias não permitem à autarquia promover uma iniciativa destas a suas expensas. Ficamos pois a saber que houvesse folga nas finanças e a cidade seria transformada numa feira permanente e num hino aos bons selvagens.
Não resisto a citar Alberto Gonçalves que este Domingo escreveu no Diário de Notícias sobre o tema: «O vereador Sá Fernandes, especialista na consignação de espaços públicos para patuscadas, explica que o evento dará a conhecer animais que muitas pessoas não conhecem. O gnu? O ornintorrinco? Decerto não será o urso, a figura dos que acreditaram que o Zé fazia falta á capital e acreditam que o António, putativo candidato a Belém. Faz falta ao país.»
(Publicado no diário Metro de 5 de Junho)
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