Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Mais ou menos daqui a um ano vamos ter eleições autárquicas. Inevitavelmente vai existir uma componente política, que tem a ver com a reação dos eleitores à política do Governo e é previsível que o PSD seja penalizado.
No entanto, se olharmos para a política autárquica, faz mais sentido ver o que o partido no poder, em cada caso, conseguiu fazer. Peguemos no caso de Lisboa. Qual o balanço de António Costa na cidade? Conseguiu estancar a hemorragia de gente que abandona Lisboa? Reduziu os impostos aos habitantes na cidade? Criou incentivos para trazer habitantes para o despovoado centro? A cidade ficou mais confortável para quem cá vive de facto? António Costa está a trabalhar para quem visita Lisboa ou para quem cá paga impostos?
Estas perguntas não são insignificantes e as respostas que elas suscitarem deve nortear o voto das pessoas daqui a um ano. O sentido do voto é fazer a avaliação do mandato executado. No caso de Lisboa é o mandato de António Costa que deve ser avaliado e votado, e não o de Passos Coelho, no Governo.
As pessoas concordam com a prioridade dada ao investimento em ciclovias? Estão de acordo com os custos incorridos com as alterações ao trânsito na Avenida e no Marquês? As pessoas que pagam impostos em Lisboa estão satisfeitas com o estado de limpeza das ruas? Acham que a Câmara tem velado pelos seus interesses? Acham que tem protegido o comércio de rua e fomentado o emprego na cidade? Estão de acordo com a forma como a EMEL funciona, com as multas, com os quantitativos que cobra, com a forma como atua?
Quem vota em Lisboa deve pensar no que tem ganho com o que se passou na cidade nestes anos em que Costa e a sua coligação têm tido o poder. Querem continuar com a política que ele desenvolveu, ou querem mudá-la? Eu gostaria de a mudar.
(Publicado no Metro de hoje)
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.