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Continuo estarrecido com as alterações ao trânsito no Marquês de Pombal e na Avenida. Quanto ao Marquês registo que às horas de ponta continuam os engarrafamentos no Marquês, que se repercutem pelos diversos acessos e a situação é agravada porque a temporização dos semáforos em Lisboa anda perfeitamente enlouquecida. Quem entra na rotunda do Marquês de Pombal vindo do túnel e queira subir a Duque de Loulé, não pode fazê-lo. Tudo a bem da fluidez e conforto, claro.
Eu fico estarrecido com a forma como funcionam os responsáveis do trânsito em Lisboa, a começar pela cabeça do vereador que inventou esta experiência. Será que depois não controlam os efeitos do que fazem? Não fazem estudos a várias horas e em vários dias dos efeitos das suas ações? Ou faz parte do estilo e do objetivo estarem-se nas tintas para os lisboetas que, apesar da perseguição e da evidente má vontade, persistem em utilizar o seu automóvel ou motociclo, pelo qual pagam aliás taxas à cidade? A Avenida da Liberdade é um engarrafamento constante no sentido ascendente, a qualquer hora.
A circulação nas faixas laterais é ainda pior. Um caso extraordinário é o de quem desça a Rua do Salitre e queira entrar na Avenida da Liberdade. Depois das transformações deixou de se poder prosseguir em direção aos Restauradores – a menos que se vá dar uma volta à Praça da Alegria, transformada em circuito para gincanas. Enfim , uma pequena experiência para moer a paciência e tornar a vida um pouco mais stressante e desconfortável.
As alterações feitas, a título experimental, custaram até agora mais de 800.000 euros. Provocam autênticas gincanas, mal sinalizadas. Os efeitos estão à vista – será que na Câmara Municipal de Lisboa a estupidez não tem limites? Será que não existiam outras prioridades para gastar o dinheiro?
(Publicado no Metro de 9 de Outubro)
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