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A melhor forma de resumir o caso criado em torno das declarações de Isabel Jonet numa estação de televisão foi feita por Pedro Rolo Duarte, no seu blogue. Com a devida vénia aqui vai uma citação: “Aqueles minutos de televisão são gotas de água no oceano de solidariedade que o Banco Alimentar Contra a Fome tem constituído. E também são gotas de água nos anos de entrega e empenho que Isabel Jonet tem dedicado a quem efectivamente precisa de apoio e ajuda. Destruir o nome da pessoa, e da instituição, por causa de um momento infeliz de televisão, é admitir que o circo mediático tem mais poder do que a causa, o trabalho, e o valor, que os anos foram demonstrando, provando, e mais do que isso: fazendo. Fazer ainda vale mais do que só falar, digo eu. Deixemos o Banco Alimentar fazer, com a Isabel Jonet, e admitamos que errar quando se fala é bem menos grave do que errar porque nada se faz.”.
No essencial Isabel Jonet disse que o país tem vivido acima das suas possibilidades. Isto não é uma novidade – o endividamento particular e do Estado mostra isto mesmo: gastámos mais do que podíamos e devíamos durante tempo demais. Dizê-lo, agora, é ajudar a perceber aquilo que nos está a acontecer mas, sobretudo, é procurar evitar que no futuro se repita. Pode custar ouvir que não soubemos fazer contas, mas é a mais pura das verdades.
O Banco Alimentar é das poucas expressões da sociedade civil em Portugal. É um exemplo de rigor e de organização e mobiliza gente de todas as opiniões e de todas as idades. Dentro de dias vai haver nova recolha de alimentos promovida pelo Banco Alimentar e essa é uma boa ocasião para todos mostrarmos como somos capazes de nos ajudarmos uns aos outros e como sabemos distinguir o fundamental do acessório.
(Publicado no Metro de dia 13 de Novembro)
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