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A paisagem política portuguesa tem momentos muito curiosos. No momento presente temos pela frente uma coligação no poder, que obteve a maioria nas eleições, que dispõe de confortável maioria parlamentar, e uma oposição que não se consegue fazer ouvir de forma eficaz, mesmo perante o cenário de austeridade, aumento de impostos e diminuição de rendimentos. Todos achariam que este poderia se o momento ideal para um líder da oposição dar nas vistas. Seria natural.
Mas o que acontece é que o líder natural da oposição, o secretário-geral do PS, anda aflito a conseguir afirmar-se dentro do seu próprio partido. A crise interna do PS é, no momento actual, maior que qualquer crise que possa existir na coligação, e isso é uma das curiosidade da política à portuguesa.
Reparemos nisto: é no momento em que o desconforto dos contribuintes se vai revelar mais – porque vão agora receber os seus vencimentos ou pensões com as novas tabelas – que dentro do PS começa uma desregrada luta pelo poder interno, ainda por cima com várias matizes: de um lado os que entendem que Seguro deve continuar, do outro os amigos de Sócrates que querem fazer já uma fogueira num próximo e rápido Congresso; e finalmente, tentando navegar entre os dois, António Costa que tenta equilibrar a sua participação nas próximas autárquicas com a sua vontade de um dia liderar o PS.
No campeonato nacional de tiros no pé não é só o PS a competir. Também o líder da CGTP, Arménio Carlos, alcançou esta semana posição de relevo ao classificar o chefe da missão do FMI, o etíope Abebe Selassié, como um “escurinho “. Ele há coisas…
(Publicado no Diário Metro)
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