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Mas a indústria automóvel não fica atrás e a Toyota mostrou um simulador de condução de um dos seus modelos – o que mostra o potencial da realidade aumentada fora do mundo dos jogos, do lazer e do prazer, e pode proporcionar aplicações comerciais que mais tarde ou mais cedo hão-de virar conteúdos publicitários.
Outra das tendências marcantes é a adopção de aplicações que proporcionam a capacidade de fazer live stream para redes sociais – o Twitter anunciou há dias ter comprado uma empresa desta área, a Periscope e algumas agências de comunicação têm usado uma ferramente idêntica, Meerkat, para fazer o live streaming de lançamento de produtos, transmitindo em directo nas redes sociais. Finalmente a terceira tendência é a utilização de plataformas como o Snapchat, particularmente o Snapchat Discover, que está rapidamente a tornar-se na coqueluche dos produtores de conteúdos, como a CNN, ESPN, Vice, Yahoo News, National Georgraphic e outras – espreite aqui www.snapchat.com .
Onze empresas de conteúdos colocam notícias e vídeos directamente no Snapchat e observadores da indústria consideram que estas aplicações, que conjugam a capacidade de enviar e receber mensagens com conteúdos editoriais, é uma das mais valiosas apostas do futuro. As receitas são geradas por publicidade ou patrocínios colocada nos conteúdos e a procura é grande – e os preços altos. Parece que uma das obsessões dos responsáveis de empresas editoriais e de conteúdos no SXSW foi conseguirem uma reunião com Evan Spiegel, o CEO da Snapchat . Vale a pena ver o blogue http://blog.snapchat.com/ para perceber um pouco melhor aquilo de que estamos a falar.
Uma das razões para toda esta azáfama em torno de aplicações que misturam mensagens com conteúdo tem a ver com umestudo recentes que apontam para o facto de a geração dos millenials ser particularmente receptiva a conteúdos online, independentemente de serem patrocinados ou pagos por marcas e anunciantes - 57% utilizam-nos. Se considerarmos o escalão entre os 18 e 24 anos o número de interessados sobe para 63%. Este estudo realizado no Reino Unido pela Adyoulike, entre pessoas dos 18 aos 33 anos mostrou que artigos escritos em forma de narrativa são o tipo de conteúdo que a maioria prefere (32 por cento), seguido de artigos construídos sobre listas focalizadas num tema ( 24 por cento) e vídeos (17 por cento). “As pessoas querem conteúdos de qualidade que lhes tragam alguma coisa de novo e não se importam se eles são patrocinados ou não”, afirmou Francis Turner, diretor da Adyoulike. Estes números confirmam o interesse crescente por aquilo que se designa “native advertising” –“ se os conteúdos forem suficientemente bons as pessoas não se importam como eles lhes aparecem” – refere Turner.
Estas três tendências – dispositivos de realidade virtual, live streaming nas redes sociais e native advertising em conteúdos, vão marcar as conversas dos próximos tempos e mostram como tudo evolui tão depressa no digital.
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