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A mudança mais significativa acontecida no último ano foi a diminuição do número de espectadores dos canais generalistas de sinal aberto (RTP1, RTP2, SIC e TVI). Actualmente cerca de metade do total dos espectadores de televisão preferem canais de cabo e serviços de streaming. Netflix, HBO, Disney e Amazon são os principais players – e já captam o interesse de cerca de 15% do total de espectadores, tendo estado a crescer ao longo de 2020. Ao fim de semana a sua relevância é ainda maior, chegando a andar perto dos 20%. Por isso, nos fins de semana, cada vez com maior frequência, a soma do share de audiência do conjunto de canais de cabo e de streaming ultrapassa os 50%. No entanto é preciso ter em conta que metade da audiência global concentrada nas mão da SIC, TVI e RTP1 é significativo e, do ponto de vista da importância comercial da publicidade, a televisão generalista garante uma cobertura que mais nenhum meio consegue igualar.
Se olharmos para o panorama nacional registamos ao longo do ano uma aproximação da TVI à SIC, que agora tem estado à distancia de dois pontos percentuais quando em Janeiro se situava nos seis pontos percentuais de diferença. A SIC continua a liderar, a TVI vai subindo e a RTP1 mantém alguma estabilidade. Os conteúdos mais consumidos pelos espectadores nos canais generalistas são transmissões de futebol, novelas, informação e reality shows. No cabo os líderes são a CMTV, seguido da Globo e da SIC Notícias. Nos canais de séries a FOX afirma-se claramente como líder.
Outra realidade que é preciso ter em conta, com a proliferação de ecrãs móveis e smart TV’s, é evidenciada por um recente estudo da Marktest, o Bareme Internet 2020: um milhão e 672 mil portugueses costumam ver Televisão online, ou seja 19.5% dos residentes no Continente com 15 e mais anos e 25.8% dos internautas nacionais nesta faixa etária. Os homens a revelar uma taxa de consumo de TV online bastante superior à das mulheres, de 25% e 14.6% respetivamente A classe social revela igualmente comportamentos muito diferenciados, com os valores a baixar gradualmente de 35.2% junto das classes mais altas para 6.3% junto das mais baixas. O estudo da Marktest indica também que entre as idades encontramos igualmente diferenças importantes, com os mais jovens a registar um valor quase dez vezes superior ao dos mais velhos. 32% dos portugueses com menos de 35 anos tem o hábito de ver Tv online, face aos 3.2% dos indivíduos com mais de 64 anos que também o faz.
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