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SOBRE O PÂNTANO E A PEÇONHA

por falcao, em 15.12.17

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PÂNTANO  - Esta semana soube-se que o PS decidiu excluir José Sócrates das comemorações do décimo aniversário da aprovação do Tratado de Lisboa. Há dez anos essa cimeira acabou com o ex-Primeiro Ministro a dar uma palmada nas costas de Durão Barroso, então Presidente da Comissão Europeia, e a dizer-lhe ”porreiro, pá” uma vez assinado o acordo, que aliás se veio a revelar essencialmente inútil. Mas há que reconhecer que o excluído está muito bem representado nestas comemorações: Vieira da Silva, um dos homens que participava nos almoços intímos de Sócrates, e Santos Silva, seu terrorista verbal de serviço, lá estarão na bancada do Governo, mostrando como o pantanal socrático perdura, em cargos de destaque, no PS de António Costa e que, como por estes dias se viu, continua com duvidosos métodos. A propósito do caso Raríssimas estes dois nomes socráticos deram que falar: Vieira da Silva por se ter prestado a dar o nome para a instituição agora investigada, aceitando ser vice presidente da Assembleia Geral da Raríssimas e jurando agora não saber o que lá se passava - certamente da mesma forma como nunca percebeu o que Sócrates ía fazendo; e Santos Silva, retomando os seus melhores tempos de aprendiz de rotweiller, a classificar como “razões pessoais” aquilo que levou o secretário de estado da saúde, Manuel Delgado, a sair do governo: as razões pessoais, tirando incidentes laterais, são os 63 mil euros e viagens recebidos enquanto consultor da instituição, para a qual foi convidado pela presidente agora investigada. Paula Brito Costa, convidou-o por, nas suas próprias palavras citadas pela imprensa, ele ser um homem do PS bem colocado na área da saúde. O que esta semana mostrou, em relação ao PS, é que ou Costa acaba com a peçonha ou a peçonha acaba com ele.

 

SEMANADA - A despesa das famílias portuguesas em cultura afundou mais de 21% em cinco anos; na última década o ensino público perdeu 127 mil alunos; o número de alunos do pré escolar tem vindo a diminuir nos últimos quatro anos em termos percentuais face à população dos quatro e cinco anos de idade; os bancos emprestaram mais de 3,4 mil milhões de euros para crédito ao consumo nos primeiros dez meses do ano, o maior valor desde há uma década; os novos créditos à habitação concedidos em Outubro significam um aumento de 54,8% face ao mesmo período do ano passado; a produção industrial aumentou em outubro na zona euro e União Europeia face ao mês homólogo, mas recuou na comparação com setembro, tendo Portugal registado a segunda maior quebra mensal; a dívida dos hospitais públicos a fornecedores já atingiu 1090 milhões de euros; metade dos jovens médicos admite emigrar depois de ter obtido a especialidade em Portugal; a legionella foi responsável pela morte de 40 pessoas em Portugal nos últimos quatro anos; Rui Rio declarou-se indisponível para fazer debates com Santana Lopes nas três televisões generalistas;  a tv por cabo já chega a 92% das famílias portuguesas; ocorreu esta semana a sexta remodelação governamental;  em dois anos Costa já teve 14 baixas no Governo desde que a Frente de Esquerda chegou ao poder; em Seia um homem tentou vender a um GNR a fotocópia de uma cautela da Lotaria de Natal como se fosse verdadeira.

 

ARCO DA VELHA - O Ministro Vieira da Silva mandou agora auditar as contas da Raríssimas, exactamente as mesmas que ele próprio aprovou numa Assembleia Geral da instituição antes de ir para o Governo. E o ex-tesoureiro da Raríssimas revelou que o ministro da Segurança Social não lhe respondeu a denúncias que lhe enviou em setembro.

 

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FOLHEAR - Todos os anos a editora Guerra & Paz tem lançado por esta altura edições especiais, os chamados “beaux livres”, como o editor Manuel S. Fonseca gosta de se lhes referir. Estas obras constituem a colecção “Três Sinais”,  onde se combina um lado artesanal com um design gráfico contemporâneo. “O Físico Prodigioso”, que dá corpo à edição deste ano, é um texto de Jorge de Sena, publicado pela primeira vez em 1966 na colectânea de contos do escritor intitulada “Novas Andanças do Demónio”. “O Físico Prodigioso” pode ser, como o próprio Jorge de Sena explicava, um médico ou mágico medieval, imaginado  pelo escritor quando vivia no Brasil em 1964, como símbolo da liberdade e do amor. Eugénio Melo e Castro, que incluíu o texto em “Antologia do Conto Fantástico Português”, de 1974, considerava “O Físico Prodigioso” como “um modelo superlativo do conto fantástico” . Nas notas introdutórias que escreveu em 1977 para uma nova edição, Jorge de Sena faz notar que “O Físico Prodigioso” não é uma escrita clássica, antes preferindo “o experimentalismo narrativo, jogando com o espaço, o tempo, a repetição variada do texto”. A nova edição inclui um conjunto de 21 ilustrações inéditas feitas propositadamente para esta obra por Mariana Viana, uma capa articulada, dourada, e acabamento com faces do miolo pintadas à mão. O grafismo é de Ilídio Viana, foram feitos 1500 exemplares numerados. O editor refere que esta foi “a forma que a Guerra e Paz encontrou para , num tempo de mudança de paradigma do livro, reforçar a singularidade de uma obra de conteúdo audacioso e perturbador”.  Se está à procura de uma prenda de Natal que não se desvaneça no tempo, esta é uma boa ideia.

 

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VER - Pode uma só obra justificar uma exposição? A resposta é sim e remete para “Eco”, o trabalho de Rui Sanches, apresentado no Projecto Travessa da Ermida (Travessa do Mata Pinto 21) até 31 de Dezembro. A partir de um texto de Ovídio, o artista revisita o significado do que pode ser o eco e sugere uma sua tradução espacial (na imagem). Mudando completamente de registo, vale a pena ir nestes próximos dias - até Domingo 17 -  ver a peça “Nathan, O Sábio” ao  Teatro Municipal Joaquim Benite, em  Almada - um texto de Gotthold Ephraim Lessing, que aborda a relação entre religiões, mais precisamente a tolerância numa cidade, simbolicamente Jerusalém, onde muçulmanos, judeus e cristãos se cruzam. A peça, numa tradução de Yvette Centeno, é apresentada pela primeira vez em Portugal, com encenação de Rodrigo Francisco, cenários de Pedro Calapez e  figurinos de António Lagarto, um conjunto coerente, particularmente bem pensado para a peça, cuja acção decorre no século XII mas que, com a envolvente cenográfica criada, ganha uma dimensão de intemporalidade - ou, mais precisamente de uma actualidade particularmente relevante. Outras sugestões: a partir deste fim de semana as obras de José Pedro Croft que representaram Portugal na Bienal de Veneza, vão estar expostas no espaço da Real Vinícola em Matosinhos; “Na Penumbra” é o título do conjunto de fotografias de Augusto Brázio patentes na Galeria das Salgadeiras, Rua da Atalaia 12, no Bairro Alto; e finalmente a ExperimentaDesign, pela mão da sua fundadora Guta Moura Guedes, inaugurou um espaço próprio, a Lisbon Gallery, inteiramente dedicado à arquitectura e ao design, com peças de Amanda Levete, Fernando Brízio, Jasper Morrison, Michael Anastassiades e Miguel Vieira Baptista, entre outros.

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OUVIR - Entre 1966 e 1968 Amália Rodrigues fez várias sessões de gravação com o Conjunto de Guitarras de Raul Nery. Dessas sessões saíram alguns discos, entre os quais um registo de referência da carreira da fadista, o LP “Vou Dar de Beber à Dor”. Agora, pela primeira vez, são disponibilizadas numa única edição discográfica todas as sessões gravadas nesse período de tempo. Numa nova edição feita a partir de um cuidado trabalho de pesquisa nos arquivos da Valentim de Carvalho reúnem-se três CD’s com 81 registos de quase outros tantos temas, nas diversas versões que foram sendo registadas em estúdio. O primeiro disco reproduz o original LP “Fados 67”, o álbum da Amália que incluía maior número de fados tradicionais. No segundo disco estão outros fados tradicionais e algum repertório internacional que então Amália costumava cantar nas suas digressões, sobretudo em França. Finalmente o terceiro disco tem várias versões inéditas de gravações conhecidas. ensaios de estúdio e outros registos, hoje raros, que foram originalmente editados em EP’s. Não só a qualidade e variedade do repertório é assinalável, como aqui se encontram as primeiras gravações de Amália em captação estereofónica. Além disso, durante o período de tempo em que estas gravações foram feitas, a voz de Amália estava num período excepcional - há mesmo quem diga que foi o seu melhor momento. Destaque ainda para os textos de enquadramento de Frederico Santiago (o responsável pelo trabalho de pesquisa nos arquivos da Valentim de Carvalho) e para um notável ensaio de Nuno Vieira de Almeida, “Amália - Algumas razões para a amar”. “Fados 67”, triplo CD, edição Valentim de Carvalho.


PROVAR - Construído nos anos 90 do século passado na Doca do Bom Sucesso, em Belém, o restaurante “Vela Latina” impôs-se ao longo dos anos como uma referência da restauração lisboeta. Era um local clássico, com boa comida  e uma garrafeira com vinhos muito acima da média. O restaurante tinha um bar, quando se subiam as escadas, antes de entrar na sala principal, e em baixo tinha uma sala privada para um grupo pequeno, que continua a existir.  A meio deste ano sofreu obras profundas e o bar passou a ser uma sala dedicada ao cruzamento das cozinhas do Japão e do Peru. O restaurante antigo foi todo redecorado, mas a lista mantém-se com bons clássicos que fizeram a fama da casa, como os filetes de pescada com arroz de berbigão e salsa, os rolinhos de linguados com gambas, ou os fígados de aves em tarte de maçã. Nesta primeira visita as atenções foram para o antigo bar, agora Nikkei, o espaço de fusão entre oriente e América Latina, que foi roubar o seu nome ao índice da Bolsa de Tóquio. A boa influência peruana faz-se notar nas sugestões de ceviche que contrastam- e completam bem - as variedades de sushi. Em qualquer caso a qualidade do peixe é impecável, assim como o seu corte, tal como o preparo do arroz, o ponto decisivo para aferir a honestidade do sushi. A lista de vinhos do Nikkei tem propostas diversificadas, muito pensada em função da comida que serve, sobretudo nos brancos. Nas sobremesas aparecem surpresas como churros, servidos com molho de chocolate derretido. O ambiente é simpático, o serviço é atencioso. Um dia destes regresso à sala grande para ver como se comportam os clássicos… Nikkei, Doca do Bom Sucesso, telefone 213 017 118.

 

DIXIT - “O que é o presidente do Eurogrupo? É um presidente de porra nenhuma” - António Lobo Xavier, na “Quadratura do Círculo”

 

GOSTO - “Fátima” de João Canijo foi selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Roterdão, na Holanda, a realizar em janeiro do próximo ano.

 

NÃO GOSTO - Em outubro as importações cresceram duas vezes mais que as exportações.

 

BACK TO BASICS -  “Insanidade é continuar a fazer a mesma coisa e esperar obter resultados diferentes” - Albert Einstein.

 

 





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publicado às 13:30

UM ESTADO DILUÍDO NA POUCA VERGONHA

por falcao, em 07.07.17

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VERGONHA - Aquilo que as semanas recentes mostram é que, no Estado, se perdeu toda a vergonha. A seguir à catástrofe dos incêndios a prioridade cronológica foi  encomendar um estudo de focus group, para ver se a opinião pública não ficou muito desagradada com o Governo pelo sucedido. Logo depois soube-se que o exército deixa roubar as armas e munições que lhe estão confiadas e descobre-se que há quase mais chefes que índios na estrutura. Logo, com grande rapidez, o ministro substituto do Primeiro Ministro declarou estar certo que o Governo vai reaver o armamento roubado, com as autoridades a dizerem pouco depois que o armamento já estaria fora do país, num caso de semelhança, pelo absurdo, com a rapidez com que a polícia judiciária atribuíu, a um raio, o fatal incêndio de Pedrogão, que começou horas antes da ocorrência metereológica. O Estado diluíu-se num pantanal de descaramento e pouca vergonhice e dois pilares de qualquer Governo - na Administração Interna e na Defesa - comportam-se como zombies da série “Walking Dead”. A trapalhada é total e o Ministro da Defesa foi arrastado pelas orelhas, pelo Presidente da República, a ver o local do roubo das armas. Dou comigo a pensar que por bem menos o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, em vez de puxar orelhas, resolveu invocar que havia trapalhadas,  demitir o Governo, dissolver o Parlamento e convocar eleições. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, já Camões dizia; Marcelo conformou-se ao papel de  distribuir afetos num país que se vai transformando num cenário de papelão usado para filmes de série B.

 

SEMANADA - A Uber tem actualmente em Portugal três mil motoristas, nos últimos 12 meses transportou clientes de 80 nacionalidades, num total de 750 mil estrangeiros de visita a Lisboa ou Porto e 30% dos portugueses que vivem nestas cidades já experimentaram utilizar os seus serviços;  no primeiro semestre deste ano o número de mortos nas estradas portuguesas aumentou mais de 23% ; António Costa interrompeu o seu merecido repouso para dar uma palavrinha à nossa Selecção pelo 3º lugar na Taça das Confederações e deixou a Santos Silva o encargo de lidar com a trapalhada criada no Ministério da Defesa; em compensação a conversa futebolística da semana foi em torno da utilização de bruxedos na obtenção de resultados, o que mostra o elevado grau de bom senso dos dirigentes daquela área de negócio desportivo;  foi encontrado o principal segredo para os números do défice: houve um valor histórico de cativações, que chegou aos 942,7 milhões, mais do dobro que o governo tinha prometido à Comissão Europeia;  estatísticas divulgadas pela Anacom mostram que a maior proporção de acessos residenciais de Internet em banda larga se localiza no concelho de Cascais, ao contrário de Pedrógão Grande onde essa proporção é a mais baixa do país; nos tribunais reabertos por este Governo realizam-se menos de dois julgamentos por mês.

 

ARCO DA VELHA - Em Tancos não houve rondas de vigilância durante 20 horas, a videovigilância estava inoperacional há dois anos, os soldados que vigiavam os paióis tinham armas sem balas e nos últimos anos as Forças Armadas contrataram serviços a empresas privadas de segurança. Fica no ar a pergunta: antes de se inventar a videovigilância como se garantia a segurança dos paióis militares?

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FOLHEAR - Um interessante livro para ler neste período preparatório das próximas eleições autárquicas é “Manual de Crimes Urbanísticos - exemplos para compreender os negócios da especulação imobiliária”. O seu autor é Luis F. Rodrigues, um especialista em ordenamento do território e planeamento ambiental, que se dedica também ao estudo de temas religiosos e históricos. Entre as suas obras anteriores estão “A História do Ateísmo Em Portugal” e “A Ponte Inevitável”, que relata a história da primeira ponte sobre o Tejo. “Manual de Crimes Urbanísticos” foi originalmente editado em 2011 e teve agora uma segunda edição. Numa nota sobre esta nova edição, o autor sublinha: “analisados os relatórios do Provedor de Justiça à Assembleia da República de 2011 (ano da primeira edição) e 2015 (ano do relatório mais recente), verifica-se que as admissões de queixas relacionadas com urbanismo e habitação, ambiente e recursos naturais e ordenamento do território, totalizaram, em 2011, 482 processos, enquanto em 2015 esse número ascendeu a 678 processos - ou seja um acréscimo de 40%”. Já na primeira edição o autor fazia notar que os dados da corrupção permitem identificar o urbanismo como um sector de risco nas câmaras municipais. O livro tem prefácio de Gonçalo Ribeiro Telles que sublinha que os crimes urbanísticos reflectem a falta de uma visão integrada do território.

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 VER -  É uma das exposições mais marcadamente políticas e mais relevantes que me foi dado ver este ano em galerias de Lisboa - “Talk Tower for Ingrid Jonker, 2012”, de Ângela Ferreira, na Appleton Square (Rua Acácio Paiva 27). A exposição combina o som de um poema de Ingrid Jonker (The Child Is Not Dead) declamado pela própria, difundido através de uma escultura que evoca  uma torre de transmissão radiofónica (na imagem) e fotografias de Paul Grendon (feitas em colaboração com Ângela Ferreira), da praia da Cidade do Cabo onde Jonker caminhou pelo mar até se afogar. Jonker era uma activista anti-apartheid, o poema relata a morte de uma criança negra pelas autoridades e foi este o poema que Nelson Mandela recitou na sua intervenção inaugural do primeiro parlamento democrático da África do Sul, em 24 de maio de 1994. Passando para outra sugestão, as Galerias Baginski (de Lisboa) e a Kubikgallery (do Porto) organizaram na Baginski (Rua Capitão Leitão 51) uma exposição colectiva que reúne artistas representados pelas duas galerias, com curadoria de Miguel Mesquita, sob o título “Force, Strength, Power” e que decorre até 9 de Setembro. Destaque para os trabalhos de Hernâni Reis Baptista, Cecília Costa, Bruno Cidra, Rui Valério, Carlos Azeredo Mesquita e Valter Ventura. Destaque especial para os trabalhos de Raquel Melgue e Liliana Porter . No British Bar, ao Cais do Sodré, Pedro Cabrita Reis apresenta até dia 27 as suas terceiras escolhas para as montras do melhor sítio para beber uma Guiness em Lisboa - são  peças de Edgar Massul, Ana Vieira (magnífica) e Amanda Duarte. O destaque final vai para para a exposição dedicada à carreira de cenógrafo e figurinista António Lagarto, que decorre na Sala Polivalente da Escola D. António Costa, junto ao Teatro Municipal Joaquim Benite e integrada na edição deste ano do Festival de Almada.

 

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OUVIR - Há 33 anos, em Junho de 1984, Prince publicava o álbum “Purple Rain”, que foi um dos maiores e mais marcantes sucessos da sua carreira e que tem várias canções que fazem parte das suas melhores obras - disco que originalmente era a banda sonora de um filme com o mesmo nome, protagonizado pelo próprio, uma estratégia de cruzamento da música com a imagem em movimento que estava à frente do seu tempo. Assinalando o aniversário foi feita uma edição especial com quatro discos e um livro de 36 páginas com histórias que rodeiam essa época, relatando os concertos da digressão de “Purple Rain” e as suas gravações. O primeiro disco reproduz, remasterizado em 2015 ainda por Prince, o álbum original de Purple Rain; o segundo disco tem 11 gravações inéditas - ou de temas nunca antes editados ou de versões até agora desconhecidas e é uma prova das preciosidades que ainda estão por descobrir; o terceiro CD agrupa remixes editadas como singles ou como lados B desses discos; e finalmente o quarto disco é um DVD gravado a 30 de Março de 1985 e que reproduz o concerto então realizado  no Carrier Dome, de Syracusa, em Nova Iorque. Soberbo. Já disponível em Portugal, edição Warner.

 

PROVAR -   Nestes dias de verão há um paraíso escondido em Lisboa - o terraço do Hotel Olissipo Lapa Palace, antigo Hotel da Lapa. O terraço fica no prolongamento natural do restaurante, tem uma vista magnífica sobre o jardim, a encosta e o rio e, nesta altura do ano, ao almoço,  oferece um menu especial, à base de pratos ligeiros e saladas. Numa recente visita receberam boa nota uma salada Caesar muito bem guarnecida e uma salada de legumes mistos com presunto de parma e ovos de codorniz. Há também uma salada de gambas, um gaspacho e, para quem quiser outro género, uma boa sandwich club clássica ou um hamburguer Lapa Palace, que pode vir com ovo e bacon. A acompanhar as saladas provou-se um branco, a copo,  Encostas de Sonim reserva, de Trás os Montes, que recebeu boa nota. O terraço tem poucas mesas, a clientela inclui protagonistas que procuram um lugar discreto para conversas tranquilas, num sítio confortável e com estacionamento garantido. O restaurante é dirigido pelo chef Helder Santos e na sala e na sua carta normal propõe um menu degustação e uma lista onde se incluem diversas propostas inspiradas pela gastronomia portuguesa, quer nos peixes quer nas carnes, além de uma possibilidade de risottos e pastas frescas. Mas essas são outras conversas.

 

DIXIT -  "O Parlamento Europeu é ridículo, muito ridículo. Saúdo os que se deram ao trabalho de estar na sala. Mas o facto de haver só uma trintena de deputados presentes neste debate é suficientemente demonstrativo que este parlamento não é sério" - Jean Claude Juncker no discurso de encerramento da presidência rotativa da União Europeia, que esteve a cargo de Malta. O Parlamento Europeu tem 751 deputados.

 

GOSTO - O artista plástico português Vihls (Alexandre Farto) tem desde 30 de Junho e até 23 de Julho uma exposição em Pequim, de 70 retratos em baixo relevo, “Imprints”,  feita com o apoio da REN.

 

NÃO GOSTO - A praia do Portinho da Arrábida está reduzida a 37% do seu comprimento e a 40% da sua área em relação ao que era há cem anos.

 

BACK TO BASICS - A capacidade do comando vem do saber e da experiência e não das armas que se utilizam - William Shakespeare.

 

 



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