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ABUSOS - Durante alguns anos a Câmara Municipal de Lisboa cobrou uma taxa de protecção civil que agora se veio a comprovar ser ilegítima - apesar de na altura da sua criação várias vozes terem alertado o PS de que estava a entrar no território da ilegalidade. O valor cobrado ao longo de três anos, e que os contribuintes tinham de pagar por transferência bancária ou multibanco, da sua conta directamente para a conta do município, vai ter um percurso mais árduo para quem quiser receber a devolução. Em vez de aplicar o princípio da restituição pela mesma via através de transferência para as contas dos contribuintes, a Câmara optou por fazer a devolução por vale postal, o que implicará que os cidadãos vão perder tempo em filas numa estação dos CTT para levantar o numerário ou irem a uma agência bancária depositar o vale. O que levará um autarca a proceder desta forma senão o princípio de que para tirar dinheiro às pessoas tudo deve ser fácil, para o devolver tudo terá de ser difícil? Este é no fundo mais um abuso de poder de Fernando Medina e da sua equipa, uma prova da falta de respeito pelos munícipes, uma espécie de punição - e, quem sabe, o secreto desejo que haja quem se esqueça de ir rebater o vale postal a tempo e horas. A devolução total prevista será de 58,6 milhões de euros que foram ilegalmente tirados aos lisboetas pela equipa de Medina - a tal que se gaba de fazer bem as contas. Para cúmulo a Câmara decidiu isentar-se a si própria do pagamento de juros referentes ao tempo em que ficou com o dinheiro alheio. Eis em acção o programa de Medina: cobrar rápido o que é ilegal, devolver devagar, sem juros e com dificuldade, o que é devido aos lisboetas.
SEMANADA - O excesso de álcool causa cinco acidentes por dia e as autoridades prendem diariamente 50 condutores com valores proibidos;existem mais de oito mil sem-abrigo em Portugal; um terço das crianças portuguesas entre os 3 e 8 anos vê telenovelas quase todos os dias e 38% usam a internet com regularidade; 12,6% é a percentagem dos jovens portugueses entre os 18 e 24 anos que em 2017 não tinham concluído o 12º ano nem estavam a frequentar qualquer grau de ensino; os crimes contra pessoas, com destaque para ofensas à integridade física, ameaças e coação, estiveram na origem de quase metade dos 147 casos de internamento de jovens em centros educativos verificados em 2017, um aumento de 7% em relação ao ano anterior; em 5090 escolas só 88 têm a maioria dos seus alunos sem negativas;; a Câmara Municipal de Montalegre decidiu manter a trabalhar um técnico superior que terá desviado mais de 61 mil euros dos cofres da autarquia entre 2015 e 2016; Diogo Gaspar, suspeito de desvio de bens do Museu da Presidência, vai trabalhar, a seu pedido, na Direcção geral de Cultura do centro em projectos ligados ao património; segundo o Tribunal de Contas a Autoridade Nacional da Protecção Civil não controlou como foram utilizados os 68 milhões de euros entregues em 2016 aos bombeiros; em 2017 houve 139 pessoas que mudaram de sexo nos registo civil e ao todo foram 514 nos últimos sete anos; oito anos depois de ter sido aprovada por unanimidade no Parlamento uma resolução para reduzir os riscos sísmicos o diploma continua na gaveta sem regulamentação nem aplicação; a Associação de Diplomatas contestou a designação de Sampaio da Nóvoa para a UNESCO, criticando a opção do Governo por um embaixador político.
ARCO DA VELHA - Uma mulher de 48 anos permitiu que o seu filho de dez anos conduzisse um automóvel na via pública no meio de Torres Vedras e a brincadeira só terminou quando foi detida pela PSP..
FOLHEAR - A 21 de Fevereiro de 1925 nascia a revista The New Yorker. Na capa estava um homem, vestido à moda da época, de cartola e com um monóculo a espreitar uma borboleta que esvoaçava na sua frente. 93 anos depois a edição de aniversário deste ano mostra a evolução dos tempos: é a imagem de uma mulher, negra, vestida a rigôr, e a encarar à mesma uma borboleta esvoaçante, ainda com um monóculo na mão. The New Yorker, hoje propriedade de um dos grandes grupos editoriais norte-americanos, a Condé Nast, criou uma sólida reputação de qualidade de escrita e rigôr de conteúdos. Para além de ser um guia sobre o que se passa nos palcos, museus e cinemas de Nova Iorque a revista inclui ensaios sobre temas contemporâneos, artigos de fundo sobre política, partidária e nacional, além de reportagens e investigações e, por vezes, a publicação de contos ou short stories inéditas de alguns dos grandes nomes da escrita norte-americana. Nesta edição que assinala o 93º aniversário há exemplos de tudo isso. A secção The Talk Of The Town é a que aborda a actualidade - nesta edição em torno do mais recente discurso de Trump, sobre o Estado da União. Destaque ainda para uma reportagem sobre uma expedição solitária à Antártica, e a evocação dos 200 anos sobre a criação de Frankestein por Mary Shelley em 1918, contando como tudo então aconteceu. Finalmente, prova de que a publicidade também pode ser conteúdo editorial é a campanha da Emporio Armani, baseada no conceito de story telling - “Everyone has a different story...and everyone wears Emporio Armani” e que ocupa as quatro primeiras páginas de publicidade desta edição. Vale a pena ver a edição digital, à venda na App Store para iPad por 9,99 euros.
VER - João Fernandes, que trabalhou com Vicente Todoli em Serralves e depois o substituíu, esteve ligado ao crescimento de Serralves enquanto palco da arte contemporânea e há uns anos decidiu aceitar o desafio de ser sub-director do Museu Rainha Sofia, em Madrid. Agora, nessa qualidade, foi o impulsionador da exposição «Pessoa. Tudo é uma forma de literatura» que pretende dar a conhecer obras e grandes nomes do Modernismo português. Ali estão apresentados cerca de 300 peças, dos quais 150 de pintura e desenho, de nomes como Amadeo de Souza-Cardoso, Almada Negreiros, Eduardo Viana, ou Santa-Rita Pintor , algumas apresentadas pela primeira vez fora de Portugal. Além da exposição, que fica até 7 de Maio, o programa inclui uma série de actividades paralelas, de conferências a ciclos de cinema - recordo que a ARCO Madrid decorre este mês entre 21 e 25 de Fevereira, reunindo 211 galerias de 29 países - coincidência que potencia também o alcance desta mostra de cultura portuguesa em Espanha. Outras sugestões: na Galeria Belo-Galsterer, até 29 de Março, obras de Manuel Tainha e um projecto de Jorge Nesbitt (Rua Castilho 71). Na Galeria Fonseca Macedo, em Ponta Delgada, nos Açores, Daniel Blaufuks expõe “O Monte dos Vendavais” e ,em Lisboa, na Galeria Francisco Fino, José Pedro Cortes mostra as suas novas fotografias sob o título “Planta Espelho” (Rua Capitão leitão 76, ao Beato).
OUVIR - Aos 72 anos Sérgio Godinho faz o seu 18º álbum de estúdio, "Nação Valente", o primeiro nos últimos sete anos e seguramente o melhor deste século. O arranque não podia ser melhor - uma canção-manifesto intitulada “Grão da Mesma Mó”, com letra de Godinho, música de David Fonseca, tocada por este e por Nuno Rafael, que produz o disco e está musicalmente presente por todo o lado. Ao todo são dez canções - nove originais e uma versão de “Delicado”, um tema de Márcia, uma das mais interessantes autoras e intérpretes portuguesas dos últimos anos e ao qual Sérgio Godinho se dedica numa interpretação tão pessoal que até parece um dos seus próprios clássicos. Outro ponto alto é “Maria Pais, 21 Anos”, onde as palavras de Godinho se cruzam mais uma vez com as ideias musicais de José Mário Branco naquela que é certamente a mais elaborada e emocional composição deste disco, não por acaso certamente uma espécie de retrato de uma geração para a qual ambos os autores olham com um agudo espírito de observação. Nuno Rafael, Pedro da Silva Martins, Filipe Raposo e Hélder Gonçalves assinam as restantes composições e apenas “Noites de Macau” é da autoria, na letra e música, de Sérgio Godinho num arrebatamento inesperado e quase fadista. A produção, de Nuno Rafael, é exemplar no respeito pelo património de Sérgio Godinho e na sua abertura a sonoridades actuais. CD Universal.
PROVAR - Os ovos são um dos alimentos mais fantásticos - não só pela riqueza da sua composição, como pela capacidade nutritiva que têm: em apenas 70 calorias oferecem seis gramas de proteína e 13 vitaminas e minerais essenciais. Ao contrário do que se pensa não têm uma influência negativa no colesterol do corpo humano - na realidade um ovo por dia é um precioso auxiliar da alimentação saudável. Gosto de ovo de todas as maneiras mas ultimamente eles são a salvação dos dias em que não sei bem o que hei-de jantar. Esta semana experimentei uma nova tortilha. O primeiro passo é arranjar uma frigideira não aderente, razoavelmente funda que possa ir ao forno. A seguir começa o preparado: para duas pessoas uso quatro ovos de tamanho médio, aos quais adiciono um pouco de água - na realidade bater os ovos com água torna-os mais fõfos e leves, impedindo que fiquem secos. Uma das minhas tortilhas favoritas leva meia courgette cortada em fatias da espessura de uma moeda de um euro, que salteio primeiro na frigideira, de ambos os lados, até começarem a escurecer. Adiciono depois os ovos, bem batidos, e por cima uma chávena de café de ervilhas (podem ser congeladas). Com a frigideira ao lume misturo tudo bem e no fim deito uma farripas de presunto cortado fino e tempero com pimenta preta a gosto e cebolinho. Deixo ficar em lume brando uns cinco/sete minutos até os ovos estarem mais ou menos sólidos e depois vão para o forno com o grelhador superior ligado no máximo durante outros 5 a 7 minutos. Isto deve ser o suficiente para a tortilha ganhar uma bonita côr sem queimar. serve-se com uma salada e uns pickles (no meu caso de pepino) e pão torrado. Em menos de meia hora está pronto um belo jantar para duas pessoas.
DIXIT - “Eu não sou daqueles que dormem com um olho aberto. Eu, quando durmo, tenho os três olhos fechados” - Bruno de Carvalho
GOSTO - 13 anos depois de ter sido considerado o Chef D’Avenir, em 2005, José Avillez foi agora o primeiro português a vencer o Grande Prémio da Arte da Cozinha da Academia Internacional
NÃO GOSTO - Do comportamento de Bruno Carvalho em relação aos sócios na recente Assembleia Geral do Sporting e do ultimato que lançou para fazer impôr as suas propostas.
BACK TO BASICS - É muito perigoso para um político, candidato a um lugar, dizer e prometer coisas de que as pessoas se possam vir a lembrar - Eugene McCarthy
RESISTÊNCIA - Uma das manifestações da esquizofrenia é a dificuldade em distinguir o que é ou não é real. Quando olho para algumas coisas que se passam neste rectângulo à beira-mar plantado penso que há aqui um ar esquizofrénico que se traduz em dois discursos: de um lado o Governo que destaca as “boas notícias”, um discurso emocional destinado às famílias e que tem por efeito estimular o consumo e criar um ambiente despreocupado; do outro estão empresas que convivem com a economia real, que se preocupam pela demora nas decisões, pela dificuldade em decidir investimentos, pela falta de confiança no desenvolvimento da economia. É como se vivêssemos num país a duas velocidades, onde as pedaladas da geringonça de S. Bento dão para chegar a Belém, mas não conseguem colocar o resto do país em velocidade de cruzeiro. Há aqui dois discursos, o do Governo e o outro - e este outro não é da oposição, que nem sequer consegue manifestar um discurso coerente. Aqui o outro é de observadores, especialistas, portugueses que chamam a atenção para os perigos, desde o irrealismo das previsões económicas até ao descontentamento face aos políticos. Nestes tempos a demagogia e a retórica andam de mãos dadas e raras vezes foram tão dominantes no discurso do poder como agora são. A minha ambição é que se comece a perceber a importância de surgir uma resistência, aquele estado de espírito que surge quando tomamos consciência de que de um lado estamos nós e, do outro, estão eles. E que o que eles fazem não é bom para nós, Portugal.
SEMANADA - 600 médicos pediram para emigrar em 2016, um aumento de 29% face a 2015; o turismo criou mais de 27 mil novos empregos no ano passado; o Governo anunciou querer duplicar no espaço de 10 anos as receitas geradas com o turismo, passando dos 12,7 mil milhões de euros de 2016 para 26 mil milhões em 2026; Assunção Cristas revelou que o Conselho de Ministros nunca foi envolvido nas questões da banca; Assunção Cristas afirmou numa entrevista que ler o novo livro de Cavaco Silva não está no topo das suas prioridades; segundo o Portal da Opinião Pública, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a percentagem de portugueses que confia nos partidos está abaixo dos 20% desde 2006 e, nesta segunda década do século XXI, o valor médio tem rondado os 15%; os ajustes directos pesam 35% na contratação de obras públicas; os Tribunais são o serviço público dependente do Estado com maior número de reclamações no Portal da Queixa; segundo a Marktest, durante o ano de 2016, os sites de televisão receberam 4,9 milhões de visitantes; o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras deu mais vistos gold a turcos nos dois primeiros meses deste ano que em todo o ano de 2016; agricultores e empresas espanholas controlam metade da área do olival e três quartos da área de amendoal do Alqueva; o número de casas arrendadas caiu 40% nos últimos cinco anos.
ARCO DA VELHA - A Comissão Nacional de Protecção de dados entende que a morada única digital, pretendida pelo Estado, potencia o crime informático e gera cruzamento de dados sem precedentes. Entretanto a informação digital de utentes do Serviço Regional de Saúde dos Açores foi parar ao site da ARS do Alentejo.
FOLHEAR - A editora Guerra & Paz apresenta este livro sem disfarces - trata-se do relato de “um rasto de sangue e morticínio: a França invade Portugal”, a história trágica e opressiva da primeira invasão francesa comandada por Junot. O seu autor é Raul Brandão e a edição, disponível nas livrarias na próxima semana, surge por ocasião dos 150 anos do nascimento do escritor. “El-Rei Junot” foi originalmente publicado em 1912 e trata-se de um romance combinado com uma investigação histórica sobre esse negro período do saque de Portugal feito pelos franceses. Tenho para mim que este é um bom livro para oferecer ao Embaixador de França e aos seus acólitos, para que conheçam aquilo que um dos maiores escritores portugueses escreveu sobre o que Portugal sofreu nesse ano de 1807, quando os exércitos francês e espanhol, comandados pelo napoleónico Junot, nos invadiram, provocando um rasto de sangue, violações, mortes e roubos. Com a corte portuguesa fugida para o Brasil, uma revolta popular, apoiada pelo exército inglês, expulsa o invasor e impõe-lhe uma pesada e saborosa derrota. Esta edição da Guerra & Paz, “El-Rei Junot”, é um “clássico quase esquecido que importa recuperar, uma obra que nos revela um Portugal a ferro e fogo”. A presente edição inclui extratextos da edição de 1919, a cronologia da Primeira Invasão Francesa e apontamentos biográficos das principais personagens.
VER - Começamos pela Galeria João Esteves de Oliveira (Rua Ivens 38, ao Chiado), onde Jorge Nesbitt fez reviver a arte da gravura a linóleo com uma série de obras (cada uma com tiragem de apenas três exemplares no formato 100x70), a que deu o título “A Favorite Color”. Estas obras de Nesbitt retomam a tradição das naturezas mortas, com um pequeno desvio tecnológico: Nesbitt encontrou na net as imagens que utilizou, manipulou-as e depois imprimiu-as em papel de fotocópia. E foi a partir dessa imagem que trabalhou o linóleo para as obras que agora apresenta (como a que está na imagem). O formato escolhido evoca os cartazes de rua, remetendo mais uma vez para a obtenção de múltiplos através da gravura, que foi o primeiro método de reprodução a partir de uma matriz, como o linóleo neste caso. Outras sugestões: na Galeria do Parque, em Vila Nova da Barquinha, Valter Vinagre expõe até 31 de Maio fotografias sob o título “A Voz Na Cabeça”; no bairro de Alvalade abriram quinta feira três exposições “Fiducia Incorreggibile” de Joana Escoval na Galeria Vera Cortês, “Restless Until It Becomes Gold”, de Edgar Pires na Appleton Square, e “Wails And Torsos”, de Gonçalo Sena na Galeria Quadrado Azul; do outro lado da cidade, no Beato, na Galeria Bagisnki, Mariana Gomes expõe “Romanian Dances”; finalmente, no CCB, está uma revisitação da obra de Mário Cesariny, “De Cor e Salteado”.
OUVIR - Atirar de repente com 50 canções para cima da mesa nunca é uma atitude rotineira. Mas temos que convir que Stephen Merritt, o homem que personifica The Magnetic Fields desde o início da década de 90, não se enquadra na definição de rotina. A coisa foi feita de forma a que cada uma das 50 canções represente um ano da vida do autor - é portanto uma autobiografia escrita em 50 canções. Aqui há de tudo - desde a história de um gato, aos amores vividos pela mãe do autor, passando pelas suas observações sobre o estado do mundo e o seu relacionamento com outras pessoas. “50 Songs Memoir” tem ainda por cima uma luxuosa edição, uma caixa com um pequeno livro que inclui uma entrevista com Merritt e reproduções dos 50 manuscritos das canções incluídas em outros tantos CD’s, cada um com capa diferente. Já antes, em finais dos anos 90, The Magnetic Fields tinha dado que falar com a edição de “69 Love Songs”, um triplo álbum cujo conceito base é de certa forma aqui retomado. Neste tempo de música passageira e paisagística, digamos assim, estas são canções que nos encantam como as pequenas histórias que, afinal cada uma delas conta. “Rock’n’roll will ruin your life and make you sad,” - canta Merritt, entre revelações, observações e ironias marcantes - cada uma delas com diferentes arranjos e instrumentações, numa paleta demonstrativa dos seus talentos musicais. Edição Nonesuch, já distribuída pela Warner em Portugal.
PROVAR - Os entendidos consideram a galinhola um dos grandes petiscos que a caça de aves proporciona. Oriunda do norte da Europa, a galinhola migra durante o Inverno para zonas menos frias e cá vêm parar algumas. Diz-se que a galinhola é a única ave de caça que é comida sem desperdícios - desde os miolos à tripa. Tem uma carne saborosa, de paladar único, que exige uma confecção simples e sabedora. É preciso provar uma, bem feita, para perceber aquilo de que falo. Um destes dias tive a sorte de o poder fazer num restaurante de que aqui já tenho falado, “O Apuradinho”, onde o casal que comanda os destinos da casa, a Bé o o Albano, preserva as melhores tradições portuguesas, que nesta época, continuando na caça, inclui um precioso civet de lebre. Estas duas iguarias estão disponíveis mediante encomenda ainda durante algum tempo, até as estações do ano trazerem outra matéria prima. Da galinhola devem deixar-se apenas os ossos e o bico, grande nesta espécie. É uma ave relativamente pequena que, em Portugal, tem a particularidade de se ter tornado numa espécie permanente nos Açores. Geografias à parte o que vos quero dizer é isto: com batatinhas e cebolinha, estufada, uma galinhola é um petisco dos deuses. Experimentem-na, enquanto a houver e mediante marcação, n’O Apuradinho, Rua de Campolide 209, telefone 213 880 501.
DIXIT - “Os partidos políticos deturparam o espírito da democracia republicana e passaram a sujeitar tudo às conveniências dos seus aparelhos” - Nuno Garoupa.
GOSTO - “São Jorge”, o filme de Marco Martins com Nuno Lopes, teve mais de 10.000 espectadores no fim de semana de estreia.
NÃO GOSTO - Em 2016 o Observatório Nacional da Diabetes registou 168 novos casos diagnosticados da doença, que já afecta mais de 40% dos adultos em Portugal.
BACK TO BASICS - À medida que vamos vivendo devemos sempre saber porque vivemos e como vivemos - Séneca
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