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Lisboa está suja, o lixo transborda. Lisboa cheira mal. A cidade é cada vez mais mal governada. Quem se senta nas cadeiras da Câmara Municipal tem uma agenda própria de ambição política que não passa por servir a cidade. O estado em que tudo está mostra isso mesmo.
O que se tem passado na concessão dos espaços públicos é outro sinal da má forma como a cidade é gerida. A feira ao ar livre que o Continente montou no Terreiro do Paço, é um bom exemplo do desprezo pelos munícipes. Bem pode o vereador Sá Fernandes argumentar com a possibilidade da experiência de ver o campo no meio da cidade, que não consegue apagar as outras consequências da coisa.
A ocupação comercial do Terreiro do Paço por uma campanha de marketing de uma cadeia de hipermercados poderá ser ótima para o marketing da empresa em causa, mas dificultou a vida a quem quer circular à beira rio. Os habitantes da cidade, quem aqui vive e paga impostos, são sucessivamente submetidos a condicionamentos de trânsito que causam incómodos e condicionam os seus fins de semana.
O comércio das zonas envolvidas nestas operações, sobretudo o que é afetado pelos condicionamentos de transito, sai prejudicado – agravando os problemas que já existem na conjuntura económica em que vivemos. No conforto dos munícipes e na proteção do comércio e restauração local e tradicional não pensam os responsáveis camarários.
Resta o balanço das capacidade de mobilização do fim de semana: a CGTP juntou menos gente que Tony Carreira. O novo líder da central sindical tem uma grande falta de jeito na escolha dos dias das suas ações – arranja sempre um termo de comparação em que sai mal da fotografia.
(Publicado no diário Metro de 19 de Junho)
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