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AUTARQUIAS - Com a abstenção provavelmente perto dos 50% o país está dividido entre quem vota e quem não vota nas eleições deste ano, que são as autárquicas. Há muitas razões para o desinteresse no voto - a maneira como os partidos funcionam, a má fama que demasiados casos de corrupção criaram no seio de autarcas - de presidentes da junta a presidentes de câmaras importantes. Mas é forçoso reconhecer que, corrupções e compadrios à parte, o país, numa série de coisas, mudou para melhor com o trabalho de muitos autarcas dedicados às populações que os elegeram. Sou dos que partilha a opinião de que a participação cívica e política mais importante e com maior capacidade de concretização de transformações é a nível das autarquias. Isto acontece a vários níveis, desde a limpeza ao ordenamento do trânsito. Há presidentes de juntas de freguesia que, com poucos recursos, fazem milagres, que contactam diariamente com as populações, que pensam no interesse de quem ali vive e não das imposições dos presidentes de Câmara que são do mesmo partido - embora infelizmente ainda exista, sobretudo nas grandes cidades, muita submissão a interesses partidários em vez de aos interesses dos cidadãos. Há autarcas que sabem utilizar bem as novas formas de comunicação para ouvir reivindicações e protestos, a que depois respondem. Se todos os dias estamos mais perto uns dos outros nas redes sociais, como é que depois há autarcas que se fecham numa torre de marfim e não percebem a realidade? São esses que dão má fama à política, são esses que afastam as pessoas do voto. Cada nova eleição é um teste à forma de funcionamento da democracia. Quem está no poder - a nível nacional, municipal ou local, tem especiais responsabilidades na forma como os eleitores se vão comportar. Vai ser interessante estudar onde se verifica maior abstenção. Estas eleições são o melhor termómetro do estado da nação.

 

SEMANADA -  A Covilhã quer posicionar-se como o maior produtor de pêssegos do país; a Câmara de Cascais está a ser investigada por ter aprovado a transformação de terrenos agrícolas numa área urbana na zona de Birre; um estudo da Marktest quantifica em 2 milhões e 987 mil o número de portugueses que referem ter consumido vinho do Porto nos últimos 12 meses, o que representa 36.2% dos residentes no Continente com 18 e mais anos; em 2017 o volume de vinho produzido vai atingir  6,6 milhões de hectolitros, mais 10% que no ano passado e o maior potencial de subida está no Douro e no Dão, enquanto o Alentejo será batido pela região de Lisboa; o consumo de cerveja em Portugal no primeiro semestre aumentou 10% em termos homólogos, o que a manter-se este ritmo levará 2017 a ser "o ano com os maiores crescimentos da última década"; no último ano cerca de três milhões de lares consumiram cerveja em casa, o que representa 76% de aumento em relação ao período homólogo; o estudo Bareme Rádio da Marktest quantifica, no primeiro semestre de 2017, em 6 milhões e 646 mil o número de residentes no Continente que ouviram rádio numa base semanal, o que corresponde a 77.6% dos residentes no Continente com 15 e mais anos; em termos médios cada português ouviu, ao longo do semestre, 3 horas e 7 minutos de rádio por dia; o consumo médio de televisão anda nas cinco horas e 28 minutos por dia e por telespectador; na mesma semana deram grandes entrevistas Marcelo Rebelo de Sousa e Eduardo Lourenço - gostei mais desta última.

 

ARCO DA VELHA - Trump tomou posse há pouco mais de 190 dias e a Casa Branca já registou 17 baixas, entre despedimentos e pedidos de demissão. Anthony Scaramucci só ocupou o cargo durante 10 dias.

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FOLHEAR - Como tem acontecido, desde 2015, chega-se a esta altura do ano e a Monocle edita “The Escapist”, que se apresenta como “uma publicação sobre locais menos conhecidos”. Chega o Inverno e sairá “The Forecast”, que se dedica a adivinhar tendências futuras. “The Escapist” é mais hedonista, completamente dedicada aos prazeres estivais - é afinal o assumido guia anual proposto pela Monocle sobre os locais onde deve ir descansar, fazer compras, jantar e preguiçar enquanto estiver de férias.  Mas há uma novidade este ano - a “Monocle” junta a “The Escapist”, a partir da próxima semana, uma publicação em formato de jornal, com 48 páginas, “ The Monocle Summer Weekly” que irá ter quatro edições ao longo do mês de Agosto. Tyler Brulé mantém-se fiel à sua convicção de que nada substitui o papel impresso quando o produto é feito com qualidade, rigor e ambição. Nesta edição “The Escapist” propõe a descoberta dos tesouros da arquitectura modernista em Columbus, Indiana, nos Estados Unidos, um cruzeiro no Reno, uma visão optimista da capital romena, Bucareste ou locais mais recônditos como Tottori, no Japão, Canguu (no Bali), Broome (Austrália) ou ainda Semmering, um refúgio nas montanhas da Áustria, cheio de memórias do final do século XIX. E um destaque a Portugal - esta edição inclui a lista dos 100 melhores restaurantes, segundo a equipa da Monocle, e o primeiro lugar foi arrebatado pelo Bistro 100 Maneiras do chef Ljubomir Stanisic. O segundo lugar foi para um restaurante em Tóquio, o terceiro para um em Nova Iorque, enquanto o quarto lugar foi para o incontornável “The River Café” de Londres e o quinto para um em Melbourne, na Austrália. E o Porto também teve prémio - o “Taberna dos Mercadores”, na Ribeira, aparece na 41ª posição.

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VER - Com a maior parte das galerias em ritmo de Agosto, sem grandes exposições a abrir, o destaque vai para a nova mostra no British Bar, na série de pequenas exposições nas montras do local, organizadas por Pedro Cabrita Reis. Todas as últimas sextas feiras de cada mês renova-se a escolha e a que entrou na semana passada mostra obras de Francisco Queirós, Pedro Barateiro e Lourdes Castro - trata-se da quarta ronda de artistas convidados a expor no Cais do Sodré nesta iniciativa que conjuga um belíssimo bar com a arte contemporânea portuguesa - iniciativa única, gratuita e pública, numa cidade tão percorrida por turistas. Pedro Calapez expõe desde este fim de semana até final de Setembro um conjunto de obras recentes (na imagem) na Galeria Maior, em Polença, Mallorca, a maior ilha das Baleares. Outro destaque é a mostra de filmes de animação japoneses do célebre Studio Ghibli, que decorre entre 6 e 27 de Agosto, aos Domingos pelas 18h00 no Museu de Oriente. Se lá for aproveite para descobrir as exposições sobre a Ópera Chinesa ou a exposição de fotografia “Tanto Mundo”, de João Martins Pereira, que até 10 de Setembro mostra 50 retratos feitos na China, Nepal, Butão, Tanzânia, Senegal, Indonésia, Etiópia e Índia. Já agora, se estiverem em Lisboa, não percam no Cinema Ideal, ao Chiado, a partir de 17 de Agosto a exibição de “Os Chapéus de Chuva de Cherburgo” e “As Donzelas de Rochefort”, de Jacques Demy, em cópias digitais restauradas.

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OUVIR - Há qualquer coisa de final dos anos 80 no segundo disco a solo de Chris Baio, o baixista dos Vampire Weekend. “Man Of The World” é uma colecção de canções pop com uma grande utilização de electrónica e com a particularidade de constituírem um almanaque de observações sobre o evoluir da política dos dois lados do Atlântico, desde Trump ao Brexit, passando pelas alterações climatéricas. Tal como “Sunburn”, o seu primeiro EP a solo, de 2012, este “Man Of The World” avança pelo território das pistas de dança, mas é bem melhor que o álbum anterior, “The Names”. Agora Baio atingiu um equilíbrio entre o pop, o techno e as palavras que quer transmitir. “Philosophy”, a canção escolhida para single deste novo trabalho, aborda a falta de comunicação entre as pessoas. E embora todos os temas tenham uma mensagem qualquer que querem veicular, Chris Baio conseguiu fazer um disco que não é aborrecido nem pretensioso. É um disco pop, condimentado com observações sobre o que se passa à sua volta, como é tradição na melhor música pop. E, nesse sentido, é do melhor que tem sido feito em matéria pop nos tempos mais recentes. Disponível no Spotify.

 

PROVAR -  Para esquecer das agruras do atendimento algarvio, nada como revisitar alguns clássicos lisboetas. Hoje falo do regresso estival ao Salsa & Coentros, no 1º dia de Agosto - casa cheia nos dois pisos e na nova esplanada que abriu este ano, a simpatia de sempre do Sr. José Duarte e da sua equipa e uma surpresa: nos pratos do dia estava sopa de beldroegas. Ele há a época da lampreia e do sável, o mês das sardinhas, o tempo da caça. Mas uma das melhores alturas do ano fica a meio do verão, quando as beldroegas estão viçosas, com folhas carnudas e tenras. Agosto é o seu grande mês e encontrar em Lisboa uma sopa de beldroegas  bem feita não fácil - mas o Salsa & Coentros, com a sua dedicação alentejana, trata do assunto e segue à risca a receita recolhida por Maria de Lurdes Modesto: beldroegas frescas e tenras, azeite do melhor, louro, alho, queijo de ovelha ou de cabra, ovos e batatas. A beldroega nasce espontaneamente junto de ribeiras, é oriunda do médio oriente e em Portugal está presente no Alentejo e Algarve. O que se aproveita em termos culinários são as folhas e a parte de cima dos caules, que deve ser cortada em pequenos pedaços. O seu sabor é único. A sopa de beldroegas é originária do Baixo Alentejo e é por si só uma refeição - o queijo é cozido no caldo e o ovo é escalfado. Dizem os entendidos que as propriedade nutricionais da beldroega são extraordinárias - eu acho o seu sabor acima de extraordinário e agradeço ao Salsa & Coentros ter-me dado esta inesperada alegria. Rua Coronel Marques Leitão 12, em Alvalade, telefone 218 410 990 .

 

DIXIT -  É preciso que não estejamos sempre a viver um Ronaldo colectivo, um “nós somos o melhor do mundo” - Eduardo Lourenço, entrevistado por Isabel Lucas.

 

GOSTO - Ana Ventura Miranda vive em Nova Iorque e criou o Arte Institute que já organizou 300 eventos, onde participaram 650 artistas, em 20 países, com o objectivo de divulgar a cultura portuguesa e com uma ínfima parte do que algumas instituições oficiais gastam.

 

NÃO GOSTO - Muito má ideia a destruição do restaurante Gôndola, frente à Gulbenkian, fruto de um negócio de terrenos que envolveu a Câmara Municipal e um Banco.

 

BACK TO BASICS - “O amor é a única doença que nos faz sentir melhor” - Sam Shepard.

 

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publicado às 12:26

O PARADOXO EUROPEU & SUGESTÕES AVULSAS

por falcao, em 29.07.16

DESFOQUE - Como há-de alguém perceber o paradoxo que assola a Europa? Como há-de alguém perceber que, no mesmo dia em que um padre é degolado pelo ISIS no norte de França, em Bruxelas a preocupação central seja debater e decidir sobre penalizações a aplicar a Portugal e Espanha? O resultado da discussão, após semanas de intrigas, ameaças e burburinho, com todo o mérito dos envolvidos, foi que a multa é zero - vamos a ver se a coisa fica por aqui ou se ainda há mais trapalhadas. Mas a questão fundamental é esta: a Europa ficou refém da morte anunciada pelo ISIS, de atentados que se repetem, de sobressaltos no dia a dia dos cidadãos. O problema principal da Europa é político, tem a ver com decisões que vão além do déficit, tem a ver com a sua relação com os seus cidadãos. A Comissão Europeia continua a achar que a sua missão é vigiar o pacto de estabilidade, apesar de, literalmente, todos os dias lhe rebentar uma bomba nas mãos, que mata inocentes e agrava a insegurança. Qualquer dia o pacto de estabilidade pode estar a ser cumprido a 100%, mas entretanto o terror dominou a Europa. Sobre o que se passa na Turquia, nota-se que significativamente não surge nem uma palavra. A Europa é uma entidade muito mal gerida do ponto de vista político e do ponto de vista económico os maus resultados estão à vista na falta de crescimento, na ruína do  sistema financeiro, no próprio Euro. Com um desgoverno assim não admira que haja quem dele queira sair. Sobre isto, sobre a política na Europa, não há reflexão séria transnacional - apenas se vêem  fundamentalistas de opereta como Dijsselbloem a falarem sobre fantasias, e Junckers de humor variável a ensaiar represálias aos ingleses. O maior problema está na falta de uma atitude política clara da Europa perante as ameaças que a atacam todas as semanas. A casa está a arder e há quem pense no que deve ser a sua decoração, mesmo quando as salas já estão em labaredas.

 

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SEMANADA - Entre a meia noite e as 20h00 de segunda-feira passada registaram-se 215 incêndios, ou seja um em cada cinco minutos; segundo o Instituto de Conservação da Natureza um quarto dos incêndios florestais tem origem criminosa;  no primeiro semestre do ano houve mais de 50 assaltos por dia a residências; depois das audiências com o Presidente da República os partidos do Governo e da oposição disseram não ver sinais de crise política; as ultimas sondagens indicam que PS e Bloco de Esquerda sozinhos já conseguiriam maioria parlamentar se houvesse eleições; a CGTP começou a pressionar o Governo; Ascenso Simões, deputado do PS, afirmou que “António Costa tem de convidar o Bloco de Esquerda e o PCP para o Governo”; Em média, a eleição de cada um dos 230 deputados da Assembleia da República custou ao partido que o apoiou quase 45 mil euros, um aumento de mais de 20% em relação a 2011; os portugueses com idade entre os 50 e os 70 anos já gastam mais tempo semanalmente à frente do ecrã do computador do que à frente do ecrã da televisão; o valor dos contratos de obras públicas celebrados no primeiro semestre é o mais baixo desde 2011; um quarto das obras públicas é contratada pelo Estado com um desconto superior a 30% do preço base, o que estimula a concorrência desleal ao indicar preços base mal calculados; todos os meses são apanhadas 4680 baixas fraudulentas;   há mais de 300 casos de negligência médica à espera de perícia; os portugueses cresceram em média 14 cm num século; Segundo a Marktest, de 24 de Janeiro a 24 de Julho, Marcelo Rebelo de Sousa interveio na primeira pessoa em 1.616 notícias na RTP, SIC, TVI e CMTV, o que corresponde a uma média de quase nove notícias por dia e 22 minutos de exposição diários.

 

ARCO DA VELHA - No início da semana o Pokémon Go já tinha gerado mais tweets que o Brexit ou o Euro 2016.

 

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FOLHEAR - Desde o ano passado, no Verão, a Monocle publica uma edição especial chamada “The Escapist”. Como o nome indica o tema é a fuga aos hábitos rotineiros, o conseguir desligar do dia a dia de trabalho em tempo de férias. É de alguma forma engraçado constatar que enquanto as edições mensais da Monocle estão a perder garra, as duas especiais anuais - este The Escapist e o natalício The Forescast, dedicado a tendências, conservam a criatividade dos primeiros tempos da “Monocle”. A presente edição da Escapist tem 258 páginas onde reportagens, notas de viagem, sugestões e artigos diversos coexistem com portfolios fotográficos. Portugal ficou bem na fotografia, por falar nisso - o portfolio principal é dedicado aos marinheiros portugueses que vivem nos nossos submarinos. Ben Ingham  fotografou e Trish Lorenz escreveu sobre a marinha portuguesa - uma das mais antigas do mundo,que remonta ao século XII, como ela faz notar. Trish Lorenz vive em Lisboa desde 2014 e tem escrito sobre a cidade em diversas publicações. Aqui debruça-se sobre os nossos marinheiros, a nossa Marinha e o papel de Portugal. O outro destaque que nos coube é sobre os Açores - que são vistos pelo editor principal da Monocle, Andrew Tuck. Rapidamente percebeu os ilhéus - o mar, que os de fora vêem como um obstáculo, é encarado pelos açorianos como uma porta de saída. Aqui está uma bela peça sobre o Açores, que sugere roteiros, dá recomendações como o Hotel Terra Nostra e o Arquipéloago - Centro de Arte contemporânea. Esta edição do Escapist enumera também uma lista dos melhores restaurantes do mundo e em Lisboa surge o Gambrinus no lugar 37 de uma lista de 50. Numa nota  que enumera os cinco melhores sítios para petiscar fora de horas é apontado o Isco da Bica (Rua do Almada 29). A finalizar - vale a pena ler o especial sobre Palermo, um grande cidade, aqui muito bem observada. Saudades da Sicília, é o que é.

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VER - Hoje as minhas recomendações vão a norte. Começo por uma exposição de fotografia (na imagem), de Maria Leonardo . Chama-se “Mar, Terra e Outros Lugares” e está numa Guest House, a Miss’Opo, na Rua dos Caldeireiros 100, no Porto. A exposição, patente até 27 de Agosto, combina imagens feitas em Lisboa e Berlim e ainda uma ficção criada pelo ambiente da Isola Di Vulcano, na Sicília. Maria Leonardo mostra o que vê, e vê bem o que se passa à sua volta, com um filtro muito pessoal, sensível nas suas imagens, que lhe permite uma abordagem criativa da côr. Se não puderem ver a exposição no Porto vejam o site da autora, em cargocollective.com/MariaLeonardo. As vendas realizadas na exposição destinam-se a financiar a frequência da prestigiada Akademie der Bildenden Kunste, em Munique, no próximo ano. Já que estamos a norte sugiro que numa destas noites de quinta-feira se dirija ao Museu Nacional Soares dos Reis onde poderá ter uma visita guiada. O programa de verão do Museu, incluído no Porto Art Fest - que vai até 30 de Setembro -  está cheio de iniciativas como oficinas de azulejo ou de bijuteria e para ter informação sobre as numerosas actividades vale a pena consultar o site  www.museusoaresdosreis.pt. Finalmente, em Serralves, e para além dos desenhos do arquivo de Siza Vieira, destaque para a exposição de artistas convidados a pensarem, obras em função do espaço - a americana Trisha Donnelly explorou a arquitectura art déco da casa principal e a sua relação com o jardim, e o britânico Liam Gillick imaginou uma mostra, que se estende ao longo de um ano, em quatro momentos, intitulada Campanha.

 

OUVIR - Rolf Lislevand é um norueguês que se dedica a instrumentos clássicos e é um conceituado  intérprete criativo de guitarra e alaúde. Participou, com Jordi Savall, com quem tem extensa colaboração, na banda sonora do filme “Tous Les Matins du Monde”. O seu foco é a  música antiga e o seu mais recente disco, para a ECM, “La Mascarade”, vai buscar obras de dois compositores do século XVII, Robert de Visée e Francesco Corbetta. Lislevand improvisa na introdução a alguns temas e de uma forma geral toca neste disco como se estivesse num concerto para uma pequena plateia de amantes da música barroca, e da sua forma de tocar guitarra em particular. A produção, exemplar, esteve a cargo de Manfred Eisher, que adoptou a abordagem da “musica callada”, ou, se preferirem, da música que vive no silêncio - esse conceito tão raro e sem o qual não conseguiríamos entender nenhuma música. CD ECM New Series, na Amazon.

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PROVAR -  Com este calor o que apetece é um gelado. Mesmo fora do verão gosto de gelado à sobremesa, e então com estas temperaturas nem se fala. Um dia destes resolvi ir almoçar o meu bitoque preferido, que é o do Restaurante Roma, junto à Piscina da avenida com o mesmo nome. Já aqui o disse, a carne é de bom lombo, vem temperada com gosto e cozinhada no ponto, e as batatas fritas às rodelas finas, feitas na hora, são de chorar por mais. Resolvido o bitoque fui à porta ao lado, à Casa do Gelado e encontrei um inesperado gelado de physalis, um saboroso fruto, até aqui raro, e que começa a aparecer com maior frequência . Combinei-o com um gelado de chocolate puro. O resultado foi uma delícia. Ficou por experimentar o gelado de mirtilos e o de ananás dos Açores com gengibre. E também tem cassata… Casa do Gelado 1981 - Avenida de Roma 28, junto à piscina, ao lado do restaurante Roma, das 11 às 24h00.

 

DIXIT - “Pode e deve haver austeridade. Com sentido de obediência aos interesses nacionais. Não ao de outros interesses nacionais” - José Maltez

 

GOSTO - Desta afirmação de Carolina Patrocínio: “ter sido mandatária do PS é das poucas coisas de que me arrependo na vida”.

 

NÃO GOSTO - Da substituição de arbustos por calçada, como está previsto acontecer na Avenida D. João II, na Expo.

 

BACK TO BASICS - “O grande problema da vida dos políticos é que correm sempre o risco de ter o trabalho interrompido pelo resultado de eleições” - Will Rogers

 

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publicado às 18:30


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