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RESISTÊNCIA - Uma das manifestações da esquizofrenia é a dificuldade em distinguir o que é ou não é real. Quando olho para algumas coisas que se passam neste rectângulo à beira-mar plantado penso que há aqui um ar esquizofrénico que se traduz em dois discursos: de um lado o Governo que destaca as “boas notícias”, um discurso emocional destinado às famílias e que tem por efeito estimular o consumo e criar um ambiente despreocupado; do outro estão empresas que convivem com a economia real, que se preocupam pela demora nas decisões, pela dificuldade em decidir investimentos, pela falta de confiança no desenvolvimento da economia. É como se vivêssemos num país a duas velocidades, onde as pedaladas da geringonça de S. Bento dão para chegar a Belém, mas não conseguem colocar o resto do país em velocidade de cruzeiro. Há aqui dois discursos, o do Governo e o outro - e este outro não é da oposição, que nem sequer consegue manifestar um discurso coerente. Aqui o outro é de observadores, especialistas, portugueses que chamam a atenção para os perigos, desde o irrealismo das previsões económicas até ao descontentamento face aos políticos. Nestes tempos a demagogia e a retórica andam de mãos dadas e raras vezes foram tão dominantes no discurso do poder como agora são. A minha ambição é que se comece a perceber a importância de surgir uma resistência, aquele estado de espírito que surge quando tomamos consciência de que de um lado estamos nós e, do outro, estão eles. E que o que eles fazem não é bom para nós, Portugal.

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SEMANADA - 600 médicos pediram para emigrar em 2016, um aumento de 29% face a 2015; o turismo criou mais de 27 mil novos empregos no ano passado; o Governo anunciou querer duplicar no espaço de 10 anos as receitas geradas com o turismo, passando dos 12,7 mil milhões de euros de 2016 para 26 mil milhões em 2026;  Assunção Cristas revelou que o Conselho de Ministros nunca foi envolvido nas questões da banca; Assunção Cristas afirmou numa entrevista que ler o novo livro de Cavaco Silva não está no topo das suas prioridades; segundo o Portal da Opinião Pública, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a percentagem de portugueses que confia nos partidos está abaixo dos 20% desde 2006 e, nesta segunda década do século XXI, o valor médio tem rondado os 15%; os ajustes directos pesam 35% na contratação de obras públicas; os Tribunais são o serviço público dependente do Estado com maior número de reclamações no Portal da Queixa; segundo a Marktest,  durante o ano de 2016, os sites de televisão receberam 4,9 milhões de visitantes; o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras deu mais vistos gold a turcos nos dois primeiros meses deste ano que em todo o ano de 2016; agricultores e empresas espanholas controlam metade da área do olival e três quartos da área de amendoal do Alqueva; o número de casas arrendadas caiu 40% nos últimos cinco anos.

 

ARCO DA VELHA - A Comissão Nacional de Protecção de dados entende que a morada única digital, pretendida pelo Estado, potencia o crime informático  e gera cruzamento de dados sem precedentes. Entretanto a informação digital de utentes do Serviço Regional de Saúde dos Açores foi parar ao site da ARS do Alentejo.

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FOLHEAR - A editora Guerra & Paz apresenta este livro sem disfarces - trata-se do relato de  “um rasto de sangue e morticínio: a França invade Portugal”, a história trágica e opressiva da primeira invasão francesa comandada por Junot. O seu autor é Raul Brandão e a edição, disponível nas livrarias na próxima semana, surge por ocasião dos 150 anos do nascimento do escritor. “El-Rei Junot” foi originalmente publicado em 1912 e trata-se de um romance combinado com uma investigação histórica sobre esse negro período do saque de Portugal feito pelos franceses. Tenho para mim que este é um bom livro para oferecer ao Embaixador de França e aos seus acólitos, para que conheçam aquilo que um dos maiores escritores portugueses escreveu sobre o que Portugal sofreu nesse ano de 1807, quando os exércitos francês e espanhol, comandados pelo napoleónico Junot, nos invadiram, provocando um rasto de sangue, violações, mortes  e roubos. Com a corte portuguesa fugida para o Brasil, uma revolta popular, apoiada pelo exército inglês, expulsa o invasor e impõe-lhe uma pesada e saborosa derrota.  Esta edição da Guerra & Paz, “El-Rei Junot”, é um “clássico quase esquecido que importa recuperar, uma obra que nos revela um Portugal a ferro e fogo”. A presente edição inclui extratextos da edição de 1919, a cronologia da Primeira Invasão Francesa e apontamentos biográficos das principais personagens.

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VER - Começamos pela Galeria João Esteves de Oliveira (Rua Ivens 38, ao Chiado), onde Jorge Nesbitt fez reviver a arte da gravura a linóleo com uma série de obras (cada uma com tiragem de apenas três exemplares no formato 100x70), a que deu o título “A Favorite Color”. Estas obras de Nesbitt retomam a tradição das naturezas mortas, com um pequeno desvio tecnológico: Nesbitt encontrou na net as imagens que utilizou, manipulou-as e depois imprimiu-as em papel de fotocópia. E foi a partir dessa imagem que trabalhou o linóleo para as obras que agora apresenta (como a que está na imagem). O formato escolhido evoca os cartazes de rua, remetendo mais uma vez para a obtenção de múltiplos através da gravura, que foi o primeiro método de reprodução a partir de uma matriz, como o linóleo neste caso. Outras sugestões: na Galeria do Parque, em Vila Nova da Barquinha, Valter Vinagre expõe até 31 de Maio fotografias sob o título “A Voz Na Cabeça”; no bairro de Alvalade abriram quinta feira três exposições “Fiducia Incorreggibile” de Joana Escoval na Galeria Vera Cortês, “Restless Until It Becomes Gold”, de Edgar Pires na Appleton Square, e “Wails And Torsos”, de Gonçalo Sena na Galeria Quadrado Azul; do outro lado da cidade, no Beato, na Galeria Bagisnki, Mariana Gomes expõe “Romanian Dances”; finalmente, no CCB, está uma revisitação da obra de Mário Cesariny, “De Cor e Salteado”.

 

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OUVIR -  Atirar de repente com 50 canções para cima da mesa nunca é uma atitude rotineira. Mas temos que convir que Stephen Merritt, o homem que personifica The Magnetic Fields desde o início da década de 90, não se enquadra na definição de rotina. A coisa foi feita de forma a que cada uma das 50 canções represente um ano da vida do autor - é portanto uma autobiografia escrita em 50 canções. Aqui há de tudo - desde a história de um gato, aos amores vividos pela mãe do autor, passando pelas suas observações sobre o estado do mundo e o seu relacionamento com outras pessoas. “50 Songs Memoir” tem ainda por cima uma luxuosa edição, uma caixa com um pequeno livro que inclui uma entrevista com Merritt e reproduções dos 50 manuscritos das canções incluídas em outros tantos CD’s, cada um com capa diferente. Já antes, em finais dos anos 90, The Magnetic Fields tinha dado que falar com a edição de “69 Love Songs”, um triplo álbum cujo conceito base é de certa forma aqui retomado. Neste tempo de música passageira e paisagística, digamos assim, estas são canções que nos encantam como as pequenas histórias que, afinal cada uma delas conta. “Rock’n’roll will ruin your life and make you sad,” - canta Merritt, entre revelações, observações e  ironias marcantes - cada uma delas com diferentes arranjos e instrumentações, numa paleta demonstrativa dos seus talentos musicais. Edição Nonesuch, já distribuída pela Warner em Portugal.

 

PROVAR -  Os entendidos consideram a galinhola um dos grandes petiscos que a caça de aves proporciona. Oriunda do norte da Europa, a galinhola migra durante o Inverno para zonas menos frias e cá vêm parar algumas. Diz-se que a galinhola é a única ave de caça que é comida sem desperdícios - desde os miolos à tripa. Tem uma carne saborosa, de paladar único, que exige uma confecção simples e sabedora. É preciso provar uma, bem feita, para perceber aquilo de que falo. Um destes dias tive a sorte de o poder fazer num restaurante de que aqui já tenho falado, “O Apuradinho”, onde o  casal que comanda os destinos da casa, a Bé o o Albano, preserva as melhores tradições portuguesas, que nesta época, continuando na caça, inclui um precioso civet de lebre. Estas duas iguarias estão disponíveis mediante encomenda ainda durante algum tempo, até as estações do ano trazerem outra matéria prima. Da galinhola devem deixar-se apenas os ossos e o bico, grande nesta espécie. É uma ave relativamente pequena que, em Portugal, tem a particularidade de se ter tornado numa espécie permanente nos Açores. Geografias à parte o que vos quero dizer é isto: com batatinhas e cebolinha, estufada, uma galinhola é um petisco dos deuses. Experimentem-na, enquanto a houver e mediante marcação, n’O Apuradinho, Rua de Campolide 209, telefone 213 880 501.

 

DIXIT -  “Os partidos políticos deturparam o espírito da democracia republicana e passaram a sujeitar tudo às conveniências dos seus aparelhos” - Nuno Garoupa.

 

GOSTO - “São Jorge”, o filme de Marco Martins com Nuno Lopes, teve mais de 10.000 espectadores no fim de semana de estreia.

 

NÃO GOSTO - Em 2016 o Observatório Nacional da Diabetes registou 168 novos casos diagnosticados da doença, que já afecta mais de 40% dos adultos em Portugal.

 

BACK TO BASICS - À medida que vamos vivendo devemos sempre saber porque vivemos e como vivemos - Séneca

 

 

 

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publicado às 13:30

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ELEIÇÕES - Daqui a pouco tempo realizam-se as presidenciais norte-americanas e cresce o debate sobre o peso da abstenção nos resultados eleitorais. Recentemente, em Portugal, essa questão colocou-se nas eleições regionais dos Açores, com a abstenção a rondar os 60%. E com o início do novo ciclo eleitoral, no próximo ano, com as autárquicas, crescem as dúvidas sobre a dimensão da abstenção, os seus efeitos e o que pode significar em termos de regime. Não resisto a citar um excerto de um texto de Manuel Villaverde Cabral, publicado esta semana no “Observador” e que retrata exactamente o que se passa. Com a devida vénia, aqui vai: “Nos Estados Unidos como em Portugal e, crescentemente, na maior parte dos países que têm a liberdade de votar, na enorme crise da representação política que reina entre nós, são os abstencionistas que fazem, por defeito, os resultados eleitorais. Assim como o actual presidente português, com a sua badalada vitória, acabou por ter os votos de menos de um quarto dos eleitores inscritos, o abstencionismo também é muito alto nos Estados Unidos, embora a comparência às eleições presidenciais («turn out»), seja mesmo assim, superior à nossa. O que não deixa de ser inquietante é que os destinos da humanidade estejam, sem exagero, nas mãos dos abstencionistas, tal como o estão os destinos dos portugueses, mas a verdade é que assim é!”. Este é o estado a que políticos e seus partidos conduziram a participação cívica: tudo se resume a pagar com impostos o desgoverno que praticam. A certa altura as pessoas cansam-se. Porque será que os eleitores são uma espécie em vias de exteinção e a quem interessa o seu extermínio?

 

SEMANADA - Os portugueses compraram em média nove mil telemóveis por dia no primeiro semestre deste ano - em 2010 a média era de 17 mil aparelhos por dia; 80% dos aparelhos vendidos este ano foram smartphones; os call centers  empregam cerca de cem mil trabalhadores; o consumo de cerveja caíu 25% nos últimos dez anos em Portugal; as praxes académicas já provocaram nove queixas, em seis estabelecimentos de ensino diferentes, nos dois primeiros meses do novo ano lectivo; um estudo da Marktest indica que o concelho do país com melhor indíce de qualidade de vida é Castelo de Vide; 40% das medidas previstas no Simplex foram executadas nos primeiros seis meses do programa; há 930 mil portugueses sem médico de família; a Educação teve mais dinheiro no Orçamento de 2012 do aquele que está previsto no orçamento de 2017; o turismo criou este ano 45 mil postos de trabalho; 25% dos mortos na estrada são vítimas de atropelamento e Portugal regista mais de cinco mil acidentes com peões por ano; Trump passou a liderar sondagens no Dia das Bruxas; os célebres novos lugares de estacionamento que a Câmara Municipal de Lisboa vai criar para moradores da cidade serão afinal pagos e terão um custo mensal de 30 euros;  foi revelado que a França fez um acordo secreto com a Comissão Europeia para não cumprir as metas do défice.

 

ARCO DA VELHA - Uma utilizadora de um autocarro no Porto, que numa travagem brusca foi projectada contra uma das portas do veículo, recebeu uma carta da empresa transportadora STCP a exigir o pagamento de 870 euros por danos causados ao veículo

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FOLHEAR - Como será daqui a uns anos organizar uma colectânea de escritos trocados entre duas personalidades? Será uma empreitada digital no correio electrónico? Existirão livros com as mensagens trocadas no whatsapp, no messenger do facebook ou no hangouts do gmail? O livro que aqui vos trago hoje não é nada disso: é uma recolha da correspondência escrita e trocada entre Jorge de Sena e Eugénio de Andrade durante 30 anos, entre 1949 e 1978. São cartas e postais, tudo transportado a troco de selos de correio. A organização deste livro, editado pela Guerra & Paz, coube a José da Cruz Santos, com o apoio de Mécia de Sena, de Isabel de Sena e de Jorge Fazenda Lourenço, um editor que trabalhou com os dois poetas que se correspondiam evidenciando uma profunda amizade. Manuel S. Fonseca, que dirige a editora, faz notar que “por estas cartas e postais passa Portugal”. E pormenoriza: ”As grandes batalhas literárias, os conflitos estéticos, o rumor pesado da Academia contra o qual Eugénio e Sena se batem, mas também a vida política, a falta de liberdade, a explosão dela no 25 de Abril, as esperanças e as frustrações que se lhe seguiram, que Eugénio, primeiro denuncia: “… a esquerda revolucionária já está a ser aproximada pelos bem pensantes do país, incluindo os comunistas, da mais sinistra reacção” e a que logo Sena responde “… revolução, que cada vez me parece mais um conluio de continuistas e de arranjistas, com alguns revolucionários parvos pelo meio, e muitos demagogos a agarrar os tachos com muita pressa…” de tudo isto há testemunho, vibrante, nestas cartas.”

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VER - Esta semana, apenas sugestões fotográficas. Começo pela colecção de retratos que o pintor, artista gráfico e fotógrafo Fernando Lemos fez de amigos seus - escritores, artistas, ensaístas e actores - entre 1949 e 1952. Fernando Lemos foi uma figura destacada entre os surrealistas portugueses e cerca de seis dezenas de retratos fotográficos são agora expostos no Museu Berardo, no CCB. Intitulada “Fernando Lemos: Para um Retrato Coletivo de Portugal, no fim dos Anos 40”, a mostra pode ser vista até 31 de Dezembro. Como sublinha o comissário da exposição, Pedro Lapa, mais do que retratos de pessoas, procura mostrar o retrato de uma geração - “são retratos da solidão colectiva”. Ali se podem ver os retrato de Sophia de Mello Breyner Andresen, Adolfo Casais Monteiro, Arpad Szenes e Maria Helena Vieira da Silva, Jacinto Ramos, António Dacosta, Jorge de Sena e Mécia de Sena, Cardoso Pires, Mário Cesariny, Glicínia Quartin, Manuela Seixas e um magnífico auto-retrato do próprio Fernando Lemos, que aqui se reproduz. Fernando Lemos, hoje com 90 anos, vive no Brasil desde 1953. Outra exposição a reter é “Reverso, o Mesmo e o Outro”, onde Mariano Piçarra juntou 34 fotografias inspiradas no pensamento do filósofo José Marinho - é aliás a segunda vez que o faz - a primeira foi em 1999 com “Grave” - na Biblioteca Nacional até 21 de Janeiro. No Espaço Novo Banco, Praça Marquês de Pombal 3, pode visitar selecções do acervo da excelente Coleção de Fotografia Contemporânea que foi criada pelo BES e que depois passou para o Novo Banco. Por último Valter Vinagre apresenta “Da Natureza das Coisas” a partir deste sábado e até 18 de Dezembro, na Travessa da Ermida, em Belém.

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OUVIR - Um dos mais importantes catálogos do jazz mundial, da editora Blue Note, relançou agora alguns dos seus álbuns históricos, gravados na década de 50 e 60, com um conjunto de caixas, cada uma incluindo cinco álbuns originais de um artista - o nome da colecção é “Blue Note - 5 Original Albuns”. Na caixa do saxofonista Dexter Gordon destaque para os álbuns “Doin’ Allright” e “Dexter Calling”, ambos gravados apenas em três dias, em Maio de 1961, com músicos como Freddie Hubbard, Horace Parlan e Paul Chambers, entre outros. Na caixa do saxofonista e compositor Wayne Shorter destaque para o seu primeiro disco registado para a Blue Note (ao todo gravou 11 para a etiqueta entre 1964 e 1970)  - falo de “Night Dreamer”, gravado em 1964 no estúdio de Rudy Van Gelder com Lee Morgan, McCoy Tyner, Reggie Workman e Elvin Jones. Destaque ainda para as caixas dedicadas ao guitarrista Kenny Burrell, ao saxofonista Joe Henderson e ao pianista e teclista Herbie Hancock, nomeadamente para os álbuns “Inventions & Dimensions” e “Speak Like a Child”. A terminar a caixa dedicada ao baterista Art Blakey e aos seus Jazz Messengers, nomeadamente para o disco “A Night In Tunisia”, que contou com a participação de Wayne Shorter. Trata-se uma uma invulgar colecção de gravações que juntam alguns dos mais destacados músicos e compositores de jazz dessa época, numa fase especialmente criativa. Os álbuns de toda a colecção reproduzem em formato CD as capas e conteúdo dos LP’s originais. Colecção disponível em Portugal, distribuída pela Universal Music.

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PROVAR -  Desta vez não venho falar de um restaurante, mas de uma invulgar colecção de selos postais - trata-se de uma emissão filatélica dos CTT sobre as indústrias conserveiras portuguesas. Esta emissão tem a particularidade de a série sobre conserveiras ser apresentada dentro de uma lata de conservas especialmente serigrafada e preparada para o efeito. A fábrica “Conservas Ramirez”, fundada em 1853 e que é a mais antiga instalação industrial conserveira em funcionamento em todo o mundo, foi a parceira dos CTT  nesta colecção que inclui seis selos com uma tiragem de 125.000 exemplares. Biqueirão, sardinha, cavala, atum, lula e enguia são as espécies incluídas na série, cujo design esteve a cargo de Fernando Pendão. Eu, que sou fã de conservas, fiquei deliciado com a ideia. E já agora nem compreendo porque é que em bons restaurantes portugueses não são apresentadas com maior frequência conservas como entrada ou base de um prato - como acontece com tanta frequência noutros países, a começar por Espanha.

 

DIXIT -  “Estão a pôr ciclovias no meio das passadeiras e não devia ser permitido” - José Miguel Trigoso, Presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa

 

GOSTO -  A Menos é Mais Arquitectos Associados e João Mendes Ribeiro estão na shortlist do prémio internacional do Royal Institute Of British Architects graças ao seu projecto do Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, nos Açores.

 

NÃO GOSTO -  Da política de afastamentos e nomeações de compadrio que o Ministério da Cultura está a levar a cabo e que já ditou a saída de Miguel Leal Coelho da administração do CCB, e da coordenação do seu Centro de Espectáculos, que ergueu ao longo de duas décadas.

 

BACK TO BASICS - A tradição deve funcionar como guia, nunca pode ser encarada como uma limitação - W. Somerset Maugham

 

 

 

 

 

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publicado às 14:00


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